Aos 20 anos, Vitinho estava longe dos gramados. Recebendo salário mínimo, o vice-artilheiro do Campeonato Catarinense era auxiliar administrativo na Usiman, uma empresa de manutenção industrial. Ser jogador profissional era um sonho. Hoje, cada gol marcado pelo Guarani de Palhoça é um passo em frente na consolidação da carreira.

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– Depois de passar toda minha infância e adolescência jogando futebol não poderia desistir assim. Joguei tudo para o alto e fui para o Rio de Janeiro e cheguei a se aprovado no Botafogo, mas por causa da idade fui liberado. De volta ao Espírito Santo tive uma oportunidade no Arazruz, onde realmente comecei minha carreira – explica o atacante.

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Hoje, aos 24 anos, ele busca em Santa Catarina uma vitrine que finalmente o consolide no esporte. O salário ainda é pequeno e Vitinho mora no alojamento do Guarani, mas seus gols o colocam a grande candidato de revelação do Estadual.

– Dizer que eu não sonho com a artilheira era mentir. Desejo ser o artilheiro, mas sei que a concorrência é muito grande. Quero trabalhar pelas beiradas. O importante é que tenho a confiança do Amaro (Júnior técnico do Bugre) que me pede sempre para arriscar – diz Vitinho.

Nascido e criado na cidade Serra, que fica a 27 quilômetros da capital do Espírito Santo, o centroavante do Bugre conhece as dificuldades do futebol e aposta alto em seu desempenho.

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– O futebol no Espírito Santo está muito atrás do catarinense. Aqui tem quatro times na Série A e um na B. Se fizer um bom campeonato posso conseguiu espaço em outra equipe, quem sabe até de outro estado.

O gol que traz sorte

Vitinho marcou cinco gols no Catarinense. Quatro deles no Estádio Renato Silveira e todos no mesmo gol, o do lado esquerdo de quem assiste os jogos pela televisão.

– Eu sempre comento com meus amigos que tenho mais sorte nesse gol, todos os que marquei foram lá. O pênalti que perdi contra o Atlético-Ib foi justamente no outro – revela, com um sorriso no rosto.

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Personalidade não falta para o atacante do Guarani. Depois de perder um pênalti contra a equipe de Ibirama, Vitinho marcou dois gols, um deles de pênalti, e ajudou a equipe a conquistar o empate por 3 a 3.

– Depois que perdi o primeiro pênalti dei uma baixada, uma desanimada. Mas o Amaro me passou confiança e quando saiu o segundo pênalti tinha que cobrar. Nunca vou fugir da responsabilidade. O futebol é feito desses detalhes – finalizou.

Nome: Victor Neves Rangel

Nascimento: 08/09/1990

Cidade: Serra (ES)

Altura: 182cm

Peso: 78kg

Clubes: Aracruz-ES, Espírito Santo, Vitória-ES, Marcílio Dias, Madureira, Cachoeiro-ES, Desportiva Ferroviária-ES e Guarani de Palhoça

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