Qualidade, a nova seleção brasileira de ginástica rítmica desportiva (GRD) já provou ter. No ano passado, foram campeãs do Pré-Pan-Americano mesmo tendo se reunido apenas quatro meses antes do torneio. Mas neste final de semana elas têm um novo desafio para tentar prorrogar sua permanência até os Jogos Pan-Americanos Rio-2007. Na cidade de Macaé, a seleção disputa o Desafio Pan-Americano a partir das 17h deste sábado, enfrentando adversárias de Cuba e de Argentina.
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– O Brasil ainda não tem equipe titular – avisa a coordenadora de GRD na Confederação Brasileira de Ginástica, Marta Schonhorst. – Houve uma renovação muito grande da seleção que foi bicampeã pan-americana – destaca, elogiando o empenho do grupo sob sua supervisão. – São meninas que têm mostrado um trabalho bom e são muito dedicadas.
Do grupo anterior, restam apenas duas remanescentes. Tayanne Mantovaneli chegou a ser titular na seleção, mas se afastou do grupo por causa de lesão. Operada no joelho direito, ficou três meses parada e está retornando novamente. Nicolle Muller foi reserva do grupo que se preparou para os Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004. No entanto, nenhuma delas foi campeã pan-americana em Winnipeg-99 ou Santo Domingo-2003.
Com o desafio de manter o alto nível conquistado pelo país na GRD pan-americana, Marta quer começar a desenhar a “melhor composição da equipe” para os Jogos de 2007 no Desafio. Para isso, o Brasil competirá com duas equipes tanto nas provas de conjunto quanto nas individuais. No grupo A estão Nicole Muller, Nickolle Abreu, Marcela Menezes, Luciane Hammes, Larissa Evangelista e Daniela Leite. No B estão Natalia Sanchez, Lais Cardoso, Thalyta Almeida e Tayanne Mantovaneli, reforçadas por Daniela e Larissa.
Na competição individual estarão Ana Paula Scheffer, Ana Paula Ribeiro, Luisa Matsuo, Luana Faro, Karen Piccinin e Yuka Solano. As duas Anas são o destaque da equipe no momento, após terem conquistado medalhas no Pan-Americano da modalidade em 2005. Ana Paula Ribeiro foi ouro e prata na fita e na bola, respectivamente. Sua xará foi vice com a corda.
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– Se o Pan fosse hoje, elas estariam na equipe – admite Marta, lembrando que mesmo isso não garante a vaga de ninguém. – As avaliações prosseguem no Sul-Americano da modalidade e em outros torneios internacionais que deverão ser disputados durante o primeiro semestre do próximo ano e que vão ajudar a definir a equipe – afirmou.