O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima o surgimento de 12.500 casos novos de câncer infanto-juvenil por ano no Brasil sendo a primeira causa de morte por doença na população até os 19 anos de idade. No mundo, são 300 mil casos novos da doença nesta faixa etária, todos os anos. Infelizmente, não há uma causa específica, e é impossível atuar de forma preventiva. Por isso, os pais e responsáveis devem estar atentos a quaisquer sinais relacionados a nódulos ou inchaços, convulsões, dores progressivas, febres persistentes, perda de peso ou alterações súbitas de visão, assim como qualquer outro mal-estar persistente, alerta o hematologista Nelson Tatsui, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

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Os cânceres mais comuns na infância e na adolescência são as leucemias (doença que afeta os glóbulos brancos), os do sistema nervoso central e linfomas (que atinge o sistema linfático). Por ser diferente do câncer adulto, nas crianças e jovens a doença exige tratamento específico, e quanto mais cedo for diagnosticado e tratado, melhores são as perspectivas de cura. Nas últimas décadas, o progresso na busca pela cura foi grande. Atualmente, cerca de 70% das crianças e adolescentes com câncer podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados”, ressalta Tatsui.

Neste mês de setembro acontece em todo o país a campanha #MovimentoDourado, que tem como objetivo engajar pessoas para disseminar informações que fazem toda a diferença para o diagnóstico precoce da doença.

Sintomas do câncer infanto-juvenil

Muitos dos sintomas são semelhantes aos de várias doenças infantis comuns. Por isso, fique atento aos sinais da doença:

– Dores de cabeça pela manhã e vômito;

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– Caroços no pescoço, axilas, virilha e ínguas que não resolvem;

– Dores nas pernas;

– Manchas arroxeadas na pele, como hematomas ou pintinhas vermelhas;

– Aumento do tamanho da barriga;

– Brilho branco em um ou nos dois olhos quando a criança sai em fotografias com flash.

Se os sintomas não desaparecerem em um prazo de 7 a 10 dias, volte ao médico e insista para obter um diagnóstico mais detalhado com exames laboratoriais e radiológicos. Saiba mais em: graacc.org.br