O câncer de pele, considerado o tumor de maior incidência no Brasil, matou 302 pessoas em Santa Catarina até novembro de 2024, informam dados divulgados pela Secretária de Estado da Saúde (SES). No território catarinense, o risco estimado desse tipo de tumor é de 12,99 diagnósticos em cada 100 mil habitantes, maior do que a média nacional, de 4,13 a cada 100 mil pessoas, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

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Conforme o Inca, nas estimativas de câncer melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele, São Paulo fica a frente de Santa Catarina em números absolutos, com 3.120 novos casos estimados entre 2023 e 2025. Contudo, em termos populacionais, o estado catarinense fica a frente: no estado paulista, esse tipo de tumor representa um risco estimado de 6,60 a cada 100 mil pessoas; em Santa Catarina, 12,99 em cada 100 mil pessoas.

Estimativas de novos casos de câncer de pele melanoma por estado, para cada ano do triênio 2023/2025:

  • São Paulo: 3.120
  • Santa Catarina: 1.040
  • Minas Gerais: 900
  • Rio Grande do Sul: 750
  • Paraná: 610
  • Rio de Janeiro: 470
  • Goiás: 310
  • Ceará: 270
  • Bahia: 250
  • Pernambuco: 230
  • Distrito Federal: 130
  • Rio Grande do Norte: 110
  • Maranhão: 90
  • Espírito Santo: 90
  • Paraíba: 80
  • Piauí: 80
  • Mato Grosso do Sul: 80
  • Mato Grosso: 70
  • Alagoa: 60
  • Sergipe: 50
  • Pará: 50
  • Amazonas: 40
  • Acre: 20
  • Amapá: 20
  • Rondônia: 20
  • Roraima: 20
  • Tocantins: 20

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Mortes por câncer de pele em Santa Catarina

Até novembro de 2024, o câncer de pele melanoma foi a causa de morte de 145 pessoas em Santa Catarina, sendo 91 homens e 54 mulheres, segundo informações da SES.

Em relação ao câncer de pele não melanoma, o Estado registrou 157 mortes neste ano, com 95 vítimas homens e 62 mulheres. No total, o tumor causou 302 óbitos em Santa Catarina até novembro de 2024. Em 2023, a doença vitimou 343 pessoas.

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O Inca estima que 14.510 novos casos de câncer de pele não melanoma e 1.040 casos de câncer de pele melanoma serão diagnosticados em Santa Catarina entre 2023 e 2025. No Brasil, os dados indicam 220.490 e 8.980 novos casos respectivamente durante o mesmo período. 

Número de mortes por câncer de pele melanoma  em SC  

  • 2022 – 175 mortes 
  • 2023 -172 mortes 
  • Até novembro de 2024 – 145 mortes 

Número de mortes por câncer de pele não melanoma  em SC  

  • 2022 – 139 mortes 
  • 2023 – 204 mortes 
  • 2024 -186 mortes 

Dezembro laranja 

Para promover a conscientização do câncer de pele, a Sociedade Brasileira de Dermatologia criou o “Dezembro Laranja”. A escolha do mês tem relação com a chegada do verão e, consequentemente, com o maior tempo de exposição ao sol.  

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A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. De acordo com Gustavo Moreira Amorim, que atua no Hospital Santa Teresa, em São Pedro de Alcântara, referência em atendimento dermatológico no Estado, o diagnostico precoce do tumor é essencial para facilitar o tratamento.

— Por isso é fundamental, como ato de promoção de saúde e de prevenção, o exame clínico dermatológico ao menos anual. Em populações sob maior risco, pacientes de pele clara e olhos claros, que tiveram muitas queimaduras solares, que têm muitas pintas enegrecidas, não raro a gente pede que essa frequência, essa periodicidade seja semestral — diz Gustavo Moreira Amorim.

 Ainda segundo o médico, a maioria dos casos envolve remoção cirúrgica, com anestesia local, e o procedimento é realizado no próprio consultório ou centro cirúrgico ambulatorial. 

Como prevenir? 

  • Evitar a exposição excessiva à radiação solar, principalmente entre 10h e 16h, e utilizar o filtro solar;
  • Usar chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares;
  • Cobrir as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas;
  • Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta;
  • Usar filtros solares diariamente. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre;
  • Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas;
  • Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses;
  • Os trabalhadores que estão expostos à luz solar direta devem redobrar os cuidados com a pele.

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