Anualmente, o mês de outubro é marcado pela tradicional campanha Outubro Rosa, que contribui para a conscientização sobre o câncer de mama, seus sintomas, tratamentos e formas de prevenção e diagnóstico precoce. No entanto, mais recentemente, um outro tipo de câncer que afeta as mulheres também passou a fazer parte desta ação: o câncer de colo de útero. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), excluindo os tumores de pele não melanoma, esse é o terceiro com maior incidência entre as mulheres e, em 2022, o instituto estimou 16.710 novos casos no país.

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Além de ser um dos mais comuns, o câncer de colo de útero também é um dos mais letais: é o quarto no ranking de mortalidade oncológica de mulheres, e dados do INCA apontam que, até 2025, a estimativa é de que sejam diagnosticados cerca de 17 mil novos casos apenas de câncer de colo de útero.

Um dos propósitos do Outubro Rosa é justamente ampliar a divulgação de informações sobre as maneiras de se prevenir e de detectar a doença ainda em seus estágios mais iniciais. O diagnóstico precoce está intimamente ligado ao sucesso do tratamento e às chances de cura e, conforme mostra o relatório anual de 2022 do instituto, a oferta de exames preventivos para mulheres de 25 a 64 anos vem aumentando desde 2016. O principal exame para a detecção de câncer ginecológico é o papanicolau, além da colposcopia e da histeroscopia.

Saiba mais sobre o câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero é uma doença que se desenvolve lentamente, a partir de alterações nas células da região, que está localizada no final da vagina, e é especialmente suscetível a infecções por estar entre órgãos internos e externos.

Quando identificado precocemente, o câncer de colo de útero tem 100% de chance de cura. Contudo, quando demora para ser detectado e tratado, pode invadir o útero, a vagina e os gânglios linfáticos, de modo que as células cancerosas adentram a circulação sanguínea, migrando para outras partes do corpo e dando origem a metástases.

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Conforme a doença progride, os principais sintomas apresentados são sangramento vaginal, corrimento e dor. No entanto, essas modificações celulares são facilmente rastreáveis no exame papanicolau, que consiste na coleta e análise da secreção do colo do útero.

Prevenção e exames

O exame preventivo é recomendado a todas as mulheres que já tiveram relações sexuais, pois a principal causa do câncer de colo de útero é a infecção pelo papiloma vírus humano (HPV). 

Como o principal método de prevenção é o sexo seguro, é importante o uso de preservativo para prevenir as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Porém, o HPV também pode ser transmitido pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece uma vacina gratuita que protege contra os tipos mais danosos do HPV para crianças de 9 a 14 anos e adultos imunossuprimidos até 45 anos.

A partir dos 25 anos, o exame é recomendado com certa periodicidade. Se, na primeira vez, não for identificada alteração, deve-se refazer no ano seguinte e, se novamente não houver resultados que apontem suspeita de câncer, é possível voltar em três anos. Mulheres grávidas também podem fazer o preventivo.

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