Fechado há quase uma semana, o canal de acesso ao Complexo de Itajaí pode ser reaberto ainda nesta quinta-feira. Ao menos essa é a expectativa da autoridade portuária da região, que aguarda apenas o resultado dos últimos estudos para dar um parecer sobre a situação. Segundo o superintendente do Porto de Itajaí, Antônio Ayres, a primeira medição apontou que houve pontos de assoreamento, mas que não é nada preocupante. Outro fator que está sendo levado em consideração também é a velocidade da corrente.
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– A dragagem de manutenção concentrada nesses locais vai resolver o problema. O excesso de chuvas, dessa vez, não prejudicou o calado – disse Ayres.
A operação que mede a profundidade do calado é chamada de batimetria. A primeira foi encerrada na terça-feira e, segundo o superintendente, mostrou-se muito boa. Ontem, pelo menos oito embarcações aguardavam a liberação. Mas Ayres falou que ainda não é possível mensurar possíveis prejuízos econômicos.
– O que prejudica é o custo logístico e o retrabalho do operador, não deve haver prejuízo maior na movimentação. O operar perde de fazer a movimentação no tempo certo e vai ter um impacto no fim do mês – explica.
Segundo ele, um operador pode ter um acréscimo de R$ 40 a R$ 110 mil por dia, dependendo do tamanho do navio. Sobre o produto das cargas, não deve haver perdas, porque os produtos perecíveis são refrigerados.
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Há prejuízo também para quem trabalha no Porto de Itajaí, como rebocadores, estivadores, arrumadores e conferentes, que atuam de acordo com a demanda. Para efeito de comparação, em 2011, o canal ficou fechado 20 dias.
O diretor-superintendente da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, também disse que não é possível calcular os prejuízos ainda, que devem ser conhecidos apenas na semana que vem.
– Assim que o canal reabrir, vamos trabalhar da melhor forma possível para minimizar o máximo possível os prejuízos.
Como os funcionários que trabalham na Portonave são contratados, eles foram relocados para outras funções no pátio e também encaminhados para treinamento. A assessoria informou ninguém chegou a ser dispensado. Segundo a empresa, até ontem, o movimento de importação parado é de 34,6 mil toneladas e o de exportação é de 74,6 mil toneladas.
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