O canal que dá acessos aos portos de Itajaí e Navegantes voltou a ser fechado neste sábado. Pela manhã foram feitas duas avaliações, porém a Capitania dos Portos decidiu interromper as atividades por questões de segurança. Com isso, dois navios e um rebocador permanecem atracados no complexo. Além disso, quatro navios e um rebocador estão fundeados aguardando a liberação do canal.
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Navios voltam a ser manobrados com restrições em Itajaí
Canal de acesso aos portos segue fechado e prejuízo passa de R$ 5 milhões
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De acordo com a Praticagem, a primeira avaliação da correnteza ocorreu por volta das 8h40 e apontou 4.10 nós. Às 10h30, a corrente diminuiu para 2.8 nós, o que fez com que os práticos sugerissem a saída dos navios. No entanto, a Marinha preferiu manter o canal fechado por segurança – o limite permitido para navegação é de até 2 nós. Uma nova avaliação está prevista para a manhã de domingo.
A Praticagem informou ainda que somente nesta semana houve quatro desistências de navios. Outros três foram desviados antes de chegar à região. Na sexta-feira, quando completou uma semana de fechamento, a barra pôde ser reaberta e três navios e um rebocador conseguiram atracar nos portos.
Picos de maré pode provocar alagamentos em Itajaí neste sábado
A forte correnteza que provocou a interrupção do canal é causada pelas chuvas dos últimos dias e a elevação do nível do Rio Itajaí-Açu.
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Perdas
Para os operadores que decidiram manter as escalas, as perdas são de em média US$ 40 mil por dia parado. Os prejuízos para o trade ainda são incalculáveis: perdem-se prazos de contratos, custos de transportes e os trabalhadores ficam sem escalas de serviço.
O novo fechamento também pode fazer com que a prefeitura de Itajaí decrete emergência. A ideia é que, com o decreto, seja possível pleitear uma dragagem de aprofundamento de emergência junto ao governo federal. O canal perdeu cerca de dois metros de calado e está com 10,5 metros de profundidade, o que impede a movimentação de navios mais carregados e potencializa o risco de enchente.
Além disso, os práticos aguardam o resultado de um estudo batimétrico para saber como está fundo do canal. Com a correnteza, a lama se acumula e forma bancos que podem encalhar os navios.
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