A China instalou mísseis em três ilhas do mar da China Meridional que o país disputa com Vietnã e Filipinas, de acordo com o canal de televisão americano CNBC, que cita fontes dos serviços de inteligência dos Estados Unidos.
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A emissora informou na quarta-feira que as Forças Armadas chinesas teriam instalado armamentos de defesa antinavios e terra-ar no último mês.
Se a informação for confirmada, isto poderia provocar novas tensões entre os países da região.
A China reivindica por razões históricas várias ilhas e recifes do mar da China Meridional. Os países vizinhos (Vietnã, Filipinas, Malásia, Brunei) também apresentam reivindicações.
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Pequim apoia suas pretensões de soberania ampliando e reforçando as pequenas ilhas e recifes que controla. O governo comunista determina a construção nestes locais de instalações, como pistas de pouso, para permitir a aterrissagem de aviões militares.
Washington não se posiciona oficialmente, mas considera que Pequim “militariza” o Mar da China Meridional. A Marinha de guerra americana envia regularmente navios à região.
Os mísseis chineses teriam sido instalados nos recifes de Yongshu (Fiery Cross), Zhubi (Subi) e Meiji (Mischief), segundo a CNBC. Todos ficam no arquipélago Spratleys, localizado ao leste do Vietnã, ao oeste das Filipinas e muito ao sul da China continental.
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A porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, questionada nesta quinta-feira, não confirmou nem negou a notícia.
“As construções pacíficas da China no arquipélago Spratleys, inclusive a mobilização necessária de instalações de defesa do território nacional, têm por objetivo proteger a soberania e a segurança da China”, afirmou Hua Chunying.
“Os que têm a intenção de violar (esta soberania) não têm razão para ficar inquietos”, completou.
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A presença de mísseis “não seria em absoluto uma surpresa e seria inclusive muito normal”, afirmou à AFP Song Zhongping, especialista militar chinês.
Em 2016 uma jurisdição arbitral invalidou as reivindicações de Pequim A Corte Permanente de Arbitragem de Haia julgou, após uma ação das Filipinas, que Pequim não tinha direitos históricos no mar da China Meridional.
Pequim não aceitou a decisão.
* AFP