Reorganizar a grade de programação das redes abertas nesta etapa entre os primeiro e segundo turnos das eleições é uma arte, mas também um comércio: com 20 minutos de diferença entre 13 Estados e o Distrito Federal e o resto do país, as redes não podem comprometer programas com patrocínio e intervalos recheados de publicidade.
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Com eleição ao governo estadual definida em primeiro turno, São Paulo e Minas Gerais terão um bloco a mais de Jornal Nacional e de Jornal da Record que o morador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, entre outros Estados com segundo turno regional.
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Nessa parte do mapa, a propaganda à Presidência da República, somada à disputa local, resultará em 40 minutos. O que é cortado de um lado ou enxertado de outro segue basicamente um critério: não ser essencial aos cofres de cada canal e à informação nacional.
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A Globo, além de balizar essa gordura no Jornal Nacional para a sessão da faixa nobre, vai equalizar na Sessão da Tarde o tempo de atraso na programação dos Estados com segundo turno. Isso pode vir tanto de intervalos extras nas regiões sem turno estadual como da edição de cenas do próprio filme nos locais onde o governo do Estado ainda não foi definido.
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Na Band, o buraco nas praças com governadores já conhecidos será preenchido com a enésima reprise de episódios da série Como Encontrei Sua Mãe (How I Met Your Mother). Já na RedeTV! o pastor R.R. Soares, que paga pela locação do espaço ocupado na tela da emissora, pregará por mais 20 minutos diários na faixa das 13h20. À noite, as frivolidades das celebridades do TV Fama cobrirão a diferença.
Na faixa vespertina, a Record interromperá o Balanço Geral, título popularesco exibido em plano nacional, mas com versões regionais. O SBT, até esta quarta-feira, não havia definido o que São Paulo verá, e o Rio de Janeiro, também não, mas suas novelas infanto-juvenis – Carrossel e Rebelde – estão livres do sacrifício.
*Agência Estado