Cada minuto se torna crucial em época de agendas abarrotadas de compromissos. Parar meia hora para assistir a um seriado ou programa virou quase artigo de luxo – e a televisão já se deu conta disso. De olho no consumo online e no tempo escasso, canais abertos e fechados passaram a investir ainda mais em um ágil formato na internet: as webséries. Nesta segunda-feira, estreia no Gshow Absurdices, com Thalita Rebouças, nova aposta da plataforma de entretenimento da Globo nesse segmento.

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Inspirada em situações vividas pela autora de livros para adolescentes, a produção conta com Klara Castanho, Mouhamed Harfouch e Laura Barreto, além da própria Thalita. A websérie focará em momentos vividos junto dos fãs nas ruas – de gente querendo contatos de famosos a mãe pedindo conselho sobre desodorante para a filha.

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– São 16 anos de carreira e muitas coisas que vivi com os leitores, eles se sentem próximos de mim. Também estou muito presente nas redes sociais, é uma ferramenta de trabalho. Acho que a websérie vai me aproximar mais ainda deles – avalia a escritora.

Absurdices integra uma leva de produções do Gshow que só tende a aumentar. Em 2014, foram 20 originais, seguidos por 29 no ano seguinte. Já em 2016, um dos destaques é o spin-off da novela Totalmente demais, que alcançou bons números: conquistou 3,4 milhões de visualizações. Mas não é só a TV aberta que mostra interesse na área. Canais fechados também produzem webséries – e o público geralmente pode assistir sem pagar nada. O Multishow desenvolve esse tipo de conteúdo desde 2010, e o GNT lançou seus primeiros projetos no ano passado.

– Eles estão correndo atrás do estrago. Na verdade, os canais sempre viram a web como inimiga, mas, finalmente, se deram conta que ela pode ser a melhor amiga – explica Sheron Neves, professora de storytelling e transmídia na ESPM. – Se o público está na web, é preciso estar lá também – completa.

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Apesar das webséries já existirem desde a década de 1990, a chegada do Youtube, em 2005, contribuiu na disseminação do formato. E na opinião de João Carlos Massarolo, professor do programa de pós-graduação em imagem e som da UFSCAR, é possível identificar um novo boom de produção nos últimos cinco anos, seja de grupos independentes ou dos canais de TV:

– A internet se tornou realmente um mercado. E as webséries são o caminho de transição do modelo de televisão linear, com grade fixa, para esse modelo de distribuição não linear, próprio dos vídeos sob demanda. É uma forma de capturar o usuário que não está conectado na TV tradicional.

Da gastronomia à ficção

No cardápio de webséries produzidas pelos canais de televisão, há um pouco de tudo: de programas de culinária a seriados de ficção. Alguns dialogam com o conteúdo da TV tradicional, enquanto outros são criados exclusivamente para o consumo online. E nessa linha de produção, a comédia acaba por ganhar mais espaço. É o caso de apostas recentes do Gshow, como a própria Absurdices e a humorística Celma interrompida, que estreou em abril.

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Sem obrigação de se encaixar em uma programação restrita, umas das principais funções das webséries é servir como espaço de experimentação – do estilo de narrativa ao tipo de consumo. A tendência é que o segmento siga em transformação, como avalia a professora Sheron Neves:

– Episódios de cinco a três minutos, hoje em dia, já é muito. É a deixa para a utilização de novas plataformas, como Instagram e Snapchat. As webséries devem ter episódios ainda menores, com foco no público mobile.

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Conheça webséries que já estão disponíveis ou estão programadas

Absurdices

Estreia nesta segunda no Gshow (gshow.com) a websérie estrelada pela escritora Thalita Rebouças. Autora de sucessos adolescentes, ela irá interpretar a si mesma na produção: o público verá histórias inusitadas vividas por Thalita com seus fãs no dia a dia. A primeira temporada conta com cinco episódios, disponibilizados sempre às segundas-feiras.

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O incrível Superônix

A produção cômica mostra o ator Daniel Boaventura vivendo um super-herói com jeitinho brasileiro. Composta por 10 episódios, a websérie estreou no ano passado e está disponível na íntegra no site do Gshow.

Celma interrompida

A estrela da produção é Celma (Thalita Carauta), personagem da série de TV Chapa quente. Ela registra seus momentos na prisão por meio de um vlog. A série estreou em abril, e os episódios estão no site do Gshow.

Se arrume comigo

Estrelada por Mariana Rios, a segunda temporada estreou em junho no site do GNT (gnt.com). Em 13 episódios, a atriz dá dicas de moda e beleza de forma prática – há também a participação de Nathalia Dill e Ana Lima. Novos episódios às quartas-feiras.

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Projeto detox

Em março, o GNT lançou o Projeto detox, com a chef Andrea Henrique. De forma prática, ela mostra como preparar receitas detox e ainda dá dicas das melhores maneiras de armazenar cada prato. A websérie trouxe receitas todos os dias ao longo de um mês.

Comida.org

A segunda temporada da websérie comandada pela chef e nutricionista Tati Lund passou a ser exibida no fim de maio. O foco são dicas para incrementar o cardápio de forma saudável. Novos episódios às segundas-feiras no site do GNT.

Toc’s de Dalila

A websérie com Heloísa Périssé está prevista para setembro, quando o programa Toc’s de Dalila estreia na programação de TV do Multishow. A personagem Dalila é uma vlogueira e, por isso, manterá conteúdos exclusivos online.

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30 antes dos 30

A apresentadora gaúcha Titi Müller ganha uma websérie do Multishow para encarar desafios inéditos antes de chegar aos 30 anos. A estreia será em julho, e o programa vai até setembro, antes de a apresentadora chegar aos 30.

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