Canadense simpático ao EI é morto pela polícia após manipular explosivos

Um canadense que jurou lealdade ao grupo Estado Islâmico (EI) em um vídeo foi morto em um táxi após manipular um artefato explosivo, disse a polícia nesta quinta-feira.

Aaron Driver, 24 anos, foi morto na quarta-feira após uma informação do FBI (a polícia federal americana) às autoridades canadenses, que interceptaram o vídeo, afirmou a Real Polícia Montada do Canadá em coletiva de imprensa.

O comissário interino da Polícia Montada, Mike Cabana, disse na quarta-feira pela manhã que havia recebido o informe do FBI, incluindo “um vídeo de martírio preparado por um indivíduo que, naquele momento, não era conhecido por nós, mas claramente estava nos estágios finais da preparação de um ataque usando bombas caseiras”.

Baseado nessa informação, a polícia acreditou que o ataque era possível “dentro das 72 horas seguintes” em uma “área urbana”, afirmou Cabana.

A polícia e os especialistas em contraterrorismo rapidamente identificaram o homem no vídeo como Driver.

Eles interceptaram Driver em Strathroy, Ontário, cerca de 220km ao sudoeste de Toronto, fora da casa onde morava com sua irmã, por volta das 16:30 (locais) de quarta-feira.

Ele estava no banco de trás de um táxi que havia acabado de chegar.

Quando a polícia se aproximou, Driver detonou o artefato explosivo na parte traseira do carro, causando pequenos ferimentos ao motorista, antes de ser morto a tiros pelos oficiais, disseram as autoridades.

“Se ele estivesse do lado de fora da casa antes de chegarmos, o cenário teria terminado diferente, eu tenho certeza disso”, comentou a comandante da Polícia Montada, Jennifer Strachan.

Ela afirmou que incidente “teria tido um final completamente diferente com uma significativa perda de vidas”.

Driver foi preso em junho de 2015 e ficou sob a supervisão da justiça depois que a polícia recebeu denúncias de postagens extremistas nas redes sociais.

Ele foi ordenado se orientar com um líder religioso, usando uma pulseira eletrônica de monitoramento e a não utilizar a internet, porém não estava sendo vigiado, disse a polícia.

Essas restrições estavam sendo gradativamente retiradas e iriam expirar nesse mês.

amc-sst/jm/cb/mvv