O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, declarou, nesta terça-feira, que manterá o plano de receber 25 mil refugiados sírios antes do fim do ano, apesar das preocupações com a segurança que a oposição tem expressado após os atentados em Paris.

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“Devemos respeitar nossa promessa eleitoral de acolher, de maneira segura, 25 mil refugiados antes do dia 1º de janeiro. Faremos todos os esforços para conseguir”, declarou Trudeau a jornalistas, durante uma viagem para a reunião da APEC, nas Filipinas.

“Não foi preciso a tragédia em Paris para que nos déssemos conta, de repente, de que a segurança é importante”, acrescentou o primeiro-ministro em resposta às preocupações expressas esta semana por líderes regionais no Canadá.

Trudeau prometeu, durante recente campanha eleitoral, acolher 25 mil refugiados que hoje vivem em campos na Jordânia, Líbano e Turquia, antes de 1º de janeiro. Depois de assumir o poder, o governo mobilizou vários ministérios para cumprir essa meta a tempo.

Mas na segunda-feira, Brad Wall, um líder provincial, pediu a Trudeau que “suspendesse” o processo de acolhida que, segundo ele, poderia ter “consequências devastadoras”.

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A declaração de Wall aconteceu após fontes francesas anunciarem que o passaporte encontrado próximo ao corpo de um dos terroristas do Stade de France, em Paris, poderia ter pertencido a um sírio que havia se declarado como refugiado na Grécia.

Os múltiplos ataques na noite de sexta-feira em Paris deixaram ao menos 129 mortos e 352 feridos. Os atentados foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico.

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