O Canadá “vai colocar um preço” no dióxido de carbono (CO2) “e reduzirá a poluição” gerada por este gás de efeito estufa responsável pelo aquecimento global, anunciou nesta sexta-feira o novo primeiro-ministro Justin Trudeau.
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Em seu discurso político para 2016, lido pelo governador Geral do Canadá, Trudeau disse que seu governo Liberal prosseguirá com “investimentos estratégicos em tecnologias limpas” e “vai liderar pelo exemplo no seu emprego”.
“O governo vai mostrar aos canadenses e às canadenses, assim como ao mundo inteiro, que um ambiente saudável e uma economia forte vão de mãos dadas”, disse o governador geral, David Johnston, ao ler o discurso preparado por Trudeau, sentado a seu lado na Câmara dos Comuns.
De acordo com o protocolo britânico, as sessões parlamentares são abertas com a leitura do discurso da coroa pelo governador geral, representante da Rainha Elizabeth II, chefe de Estado do Canadá.
“O Canadá vai trabalhar para colocar um preço sobre o carbono e reduzir a poluição causada” pelo gás, disse Trudeau.
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Nenhuma precisão sobre a aplicação da medida foi dada. no país, já existe um mercado de carbono entre as províncias canadenses de Québec e Colúmbia Britânica e o estado da Califórnia, nos Estados Unidos.
Eleito em 19 de outubro, Trudeau prometeu tomar medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a fim de limitar o aquecimento global a 2 graus.
No entanto, a proximidade da eleição legislativa canadense e a COP21 de Paris o forçou a aparecer na segunda-feira antes da conferência da ONU na capital francesa com os objetivos do governo conservador anterior, ou seja, uma redução de 30% das emissões CO2 até 2030 em relação a 2005.
O governo liberal estabeleceu, no entanto, que a partir das conclusões da COP21, trabalhará de maneira associada com as províncias e territórios para concluir, no prazo de 90 dias, “um novo objetivo nacional de emissões”.
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