Ao menos quinze foguetes foram lançados contra um campo de membros da oposição iraniana no exílio em Bagdá, informaram os serviços de segurança.
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“Ao menos quinze foguetes foram lançados contra o perímetro do campo Liberty”, disse o comando de operações para a região de Bagdád, acrescentando que a polícia encontrou o caminhão que serviu de base para o lançamento.
Tanto o comando de operações como o ministério do Interior admitiram a possibilidade de vítimas.
O Conselho Nacional de Resistência no Irã, sediado em Paris, afirma que 23 pessoas morreram no ataque, que deixou ainda dezenas de feridos, 22 em estado grave.
Trata-se do pior ataque contra este campo, declarou um porta-voz dos ‘mujahedines’.
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O campo Liberty é uma antiga base americana no Iraque que desde 2011 acolhe centenas de membros dos Mujahedines do Povo do Irã, combatentes opositores ao regime em Teerã.
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) condenou com firmeza este ataque, que qualificou como algo “deplorável”.
Segundo a ACNUR, o campo – situado próximo ao aeroporto de Bagdá – acolhe cerca de 2.200 refugiados.
O secretário americano de Estado, John Kerry, disse que os “Estados Unidos condenam energicamente o brutal e sem sentido ataque terrorista ao Campo Hurriya, no qual morreram ou ficaram feridos residentes”.
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Os mujahedines fundaram em 1965 o grupo com a intenção de derrubar o regime do Xá do Irã e, posteriormente, passaram a combater o regime islâmico. Expulsos do Irã nos anos 80, o grupo se instalou no Iraque, onde apoiou Sadam Hussein na guerra contra seu próprio país.
Mas após a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003, o novo governo em Bagdá, de maioria xiita, se aproximou de Teerã e considera a presença dos ‘mujahedines’ em seu território algo ruim.
* AFP