Eles são ídolos por suas torcidas e já viveram momentos de glórias em partidas contra o atual rival da final de 2014. Agora, os dois são torcedores de Joinville e Figueirense, e mesmo fora das quatro linhas, fazem parte da história dessa do Catarinense.
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NARDELA
Se Nardela é o maior ídolo da história do Joinville, os títulos estaduais de 1983 e 1984, conquistados em duelos contra o Figueirense, reforçaram o nome do ex-camisa 8 na memória do torcedor.
Àquela época, o meio-campista já era ídolo da torcida e cérebro do time na articulação das jogadas. E o Joinville jogava como uma máquina: em 1983, o JEC buscava o sexto título consecutivo.
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Não só ganharia o sexto troféu, como alcançaria o sétimo no ano seguinte. Tanto em 1983 quanto em 1984, o troféu foi levantado após empate por 0 a 0 em Florianópolis, na última rodada do returno da fase final, com o Figueira amargando o vice consecutivamente.
– Por ter sido campeão seguidas vezes, o Joinville era o clube a ser batido. Fora a rivalidade que existia entre Joinville e Florianópolis. Eram jogos acirrados, muito difíceis – contou Nardela.
O equilíbrio era tanto, diz o craque, que a história dos duelos não teve final diferente por detalhes. Já em relação ao seu desempenho em campo, Nardela não nega que teve papel decisivo.
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– Sempre tive regularidade. Naqueles dois anos fui bem. Em 1984 fiz 13 gols e fui vice-artilheiro. Liderava o time em campo, tinha a condição de armador. Diziam que eu era o cérebro – lembrou.
FERNANDES
Aos 46 minutos do segundo tempo, Fernandes apareceu sozinho dentro da área, recebeu de Soares e, de primeira, marcou o terceiro gol do Figueirense contra o Joinville. Naquela tarde de 9 de maio de 2006, Fernandes realizou um sonho. Marcar um gol na decisão do Catarinense e homenagear o primeiro filho, Pedro.
O JEC também está na história do maior ídolo alvinegro. Isso porque sua primeira partida como titular, em 1999, foi contra o Tricolor do Norte. Seu centésimo gol pelo Furacão também foi contra o Joinville.
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– Engraçado que sempre atuei bem contra eles e tive esses momentos marcantes – recordou.
Fernandes esteve nos últimos seis títulos estaduais do Figueira e conhece bem a pressão da torcida. Mas para o meia, os atletas não sentem esse jejum de seis anos sem títulos quanto o torcedor.
– O que faz diferença é a ansiedade do torcedor. Se na arquibancada começam a vir vaias, os atletas ficam inseguros – analisou.
Desde que se aposentou, Fernandes virou sócio do clube e acompanha o time no Scarpelli com o filho mais velho. Do lado de fora do campo, o ídolo confessa que é mais difícil torcer do que jogar.
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– Em campo você pode ajudar, mudar a história do jogo. Do lado de fora você pode apoiar, cantar, mas não pode evitar um gol – explicou.