A Chapecoense detém seis títulos do Catarinense, enquanto o Figueirense tem 18, parte deles antes da própria existência do Verdão. Há contraste também entre os comandantes que estarão na área técnica da Arena Condá para guiar os times à final a partir das 16h deste domingo. No time mandante, Ney Franco é uma figura nova em Santa Catarina. A poucos metros dele estará Hemerson Maria, com quatro finais do Estadual no currículo – todas as vezes que disputou a competição.

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Ney Franco é um recém-chegado no futebol catarinense. Antes do acerto com a Chape, sua presença em Santa Catarina era para confrontar equipes locais. A partida deste domingo será apenas a sua terceira do Estadual – empatou com o próprio Figueirense e perdeu em casa para o Avaí. Chegou a hora vencer, após praticamente 15 dias de aprendizado sobre a competição local.

— Sou mineiro, então prefiro chegar, ver e fazer o meu trabalho. É um confronto importante. Conhecemos a tradição do Figueirense, é o atual campeão e é dirigido por um treinador vitorioso no estado. Mas eu prefiro chegar pianinho e tentar surpreender no domingo — contou o técnico de 52 anos, natural de Vargem Alegre.

Perto dele estará um treinador que conhece o Catarinense como poucos. Hemerson Maria é natural de Florianópolis. Tentou a vida da bola, mas passados os primeiros anos de jogador de futebol descobriu que o ofício estava na beira do campo. Alvinegro de coração, foi alçado como técnico de times profissionais em 2012, logo foi campeão estadual pelo Avaí.

Com o Joinville foi finalista por três anos seguidos (de 2014 a 2016), em duas passagens. Ganhou em 2015, mas não levou, por punição que deu ao próprio Figueira a conquista. Agora no time em que passou a maior parte da carreira como atleta e no comando de equipes de base, usa do que sabe para tentar o título e fortalecer a reestruturação do clube.

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— O conhecimento que tenho ajuda, de conhecer os locais, os estádios, que o gramado de Brusque é difícil de jogar ou a charanga do Criciúma fica cantando o tempo todo e incomoda o adversário. São detalhes que fazem diferença, mas a diferença maior é mesmo dentro de campo. Por isso, foquei em preparar bem os atletas a este desafio.

Quase repete x grande dúvida

O primeiro triunfo de Ney Franco na Chapecoense foi pela Copa do Brasil, no meio de semana, quando despachou o Criciúma e avançou à quarta fase do torneio nacional. Sem tempo – para treinar e conhecer mais do elenco – o caminho natural é a manutenção da escalação. Só não poderá fazê-lo por conta de mudança obrigatória. O goleiro Tiepo entra no lugar de Vagner, que não está inscrito no Catarinense. João Ricardo foi afastado devido a resultado positivo no exame antidoping contra o Mixto-MT

Tiepo tem 21 anos e foi destaque do time na Copa São Paulo de 2017, quando o time chegou até as quartas-de-final. Neste ano jogou duas partidas. A últimas delas foi a derrota em casa para o Avaí, quando o então titular João Ricardo já estava suspenso preventivamente. Na zaga, apesar da volta de Rafael Pereira, que cumpriu suspensão diante do Avaí, dificilmente Gum e Douglas deixarão o time. Até porque Pereira podia jogar pela Copa do Brasil.

No Figueirense, a incerteza sobre a escalação vai até instantes de a bola rolar. Não apenas porque desde quinta-feira os treinamentos foram fechados. Na sexta-feira, Betinho não estava no embarque para Chapecó. O jogador foi ausência durante a semana por conta de mal-estar, até que houve confirmação de que uma catapora tira o atleta da partida. Seu provável substituto, Patrick, também não foi para o Oeste de Santa Catarina.

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Há outras dúvidas além da formação do meio de campo, como a escolha por Matheus Destro ou Brunetti na lateral esquerda. A situação no meio de campo, pode se desdobrar em outras alterações no setor ofensivo. O aparecimento de Matheuzinho, recuperado de lesão, não deve ser descartada. Assim como um Figueira disposto a defender e levar a definição para as penalidades máximas, em caso de empate no tempo normal. Os atletas treinaram cobranças de pênaltis ao longo da semana.

FICHA TÉCNICA – Chapecoense x Figueirense

CHAPECOENSE

Tiepo; Eduardo, Gum, Douglas e Bruno Pacheco; Márcio Araújo, Elicarlos e Gustavo Campanharo; Victor Andrade, Everaldo e Rildo. Técnico: Ney Franco.

FIGUEIRENSE

Denis; Alemão Teixeira, Pereira, Ruan Renato e Matheus Destro (Brunetti); Zé Antônio, Julio Rusch e Juninho (Matheuzinho); Alípio, Matheus Lucas e Willian Popp. Técnico: Hemerson Maria.

ARBITRAGEM: Rodrigo D'Alonso Ferreira, auxiliado por Kleber Lúcio Gil e Alex dos Santos.

DATA E HORA: às 16h de domingo.

LOCAL: Arena Condá, em Chapecó.

INGRESSOS: R$ 50 (Geral), R$ 70,00 (Cadeiras Descobertas), R$ 80 (Cadeiras Laterais) e R$ 110 (Cadeiras Centrais). Bilheteria aberta das 8h30min às 12h sábado e a partir das 9h no domingo.

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