Com alguma dificuldade na segunda partida, Márcio e Fábio Luiz começaram bem a caminhada rumo ao segundo título consecutivo da etapa de Recife do circuito brasileiro de vôlei de praia nesta sexta. Os atuais campeões passaram inicialmente por Leo e Valredes por 2 a 0 (18/15 e 18/13), mas precisaram do tie-break para superar Bruno Schmidt, campeão mundial sub-21, e seu parceiro Juca por 25/27, 18/13 e 15/11. Márcio e Fábio Luiz já garantiram presença nas quartas-de-final e só dependem de mais uma vitória para assegurar a vaga nas semifinais.

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– É normal que os adversários se desdobrem contra a gente, assim como todos querem ganhar de Ricardo e Emanuel. Mas esses resultados suados dizem como é alto o nível do vôlei de praia nacional – explicou o capixaba Fábio Luiz, de 2m07 de altura. – O importante foi ganhar as duas e seguir direto para a próxima fase. Fomos mal na etapa anterior em Fortaleza e agora é quase uma questão de honra conseguir a recuperação no Recife.

Companheiro de Bruno Schmidt na conquista do mundial sub-21 na Polônia, Pedro Solberg voltou a jogar ao lado de Alex, recuperado de uma contusão no cotovelo direito, e também venceu os dois jogos. O primeiro, contra Jorge e Renatão, terminou em 18/15 e 18/15. Mas do segundo, contra Alison e Harley, saiu até “faísca”. O encontro foi nervoso, com arbitragem polêmica e um festival de cartões. No final, Pedro Solberg e Alex fizeram 18/12, 14/18 e 15/12.

– Esse jogo estava entalado na nossa garganta depois da vitória deles em Fortaleza. Enfrentamos uma dupla parecida com a nossa, recém-formada e com jogadores com perfil similar – comemorou Pedro Solberg. Alex encarou o resultado como uma vingança particular. – Naquela partida, eles sacaram direto em cima de mim. Hoje, felizmente, conseguimos fazer um jogo muito bom e derrotamos uma equipe que também vai crescer bastante.

A irmã de Pedro Solberg, Carolina, estreou com a companheira substituta Semírames, enquanto a titular Maria Clara continua em tratamento de uma tendinite no ombro direito. A falta de entrosamento custou caro no duelo contra as experientes Elaine e Sandra Mathias, que fecharam em 16/18, 18/13 e 15/8. Num encontro de vida ou morte diante de Nina Zgoda e Carla, reabilitaram-se novamente em três sets: 23/25, 18/8 e 15/10.

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– Entramos nervosas e erramos demais, principalmente no saque e no side-out. No segundo jogo, sabíamos que a derrota seria um desastre completo e soubemos manter os nervos no lugar. A tendência, agora, é crescer no torneio – analisou

Carolina, que desta vez precisou ouvir as instruções da mãe e técnica Isabel pelo telefone. – Ela achou melhor ficar no Rio de Janeiro, mas liga direto para saber como estamos indo.