Campeão da Libertadores pelo Grêmio em 1995, o técnico da Chapecoense, Vagner Mancini, terá a sua segunda passagem como treinador na competição. Em 2006, ele comandou o Paulista de Jundiaí, depois de ter sido Campeão da Copa do Brasil no ano anterior, mas acabou eliminado na primeira fase, com apenas cinco pontos em seis jogos.
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– O Paulista ganhou a Copa do Brasil e jogou a Libertadores com um time modificado, pois perdeu jogadores que ficaram supervalorizados. Essa é uma semelhança com a Chapecoense, que perdeu o time por causa da tragédia – comparou.
Ele também considera que, assim como o Paulista, a Chapecoense terá um grupo forte pela frente. Em 2006, o Paulista encarou o River Plate-ARG, El Nacional-QUE e o Libertad-PAR, que chegou na semifinal.
– Agora, a Chape encara o campeão uruguaio (Nacional), o campeão argentino (Lanús) e uma equipe desconhecida da Venezuela (Zulia), mas que, por estar na Libertadores, tem que respeitar.
No entanto, ele vê vantagens no grupo da Chapecoense em relação ao Paulista. Ele afirma que o Verdão tem uma estrutura muito maior e mais poder de investimento em relação ao seu ex-time.
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– Hoje, a Chapecoense é uma equipe mais preparada do que tinha naquela época em relação ao Paulista – pontuou Mancini.
O treinador considera que a Chapecoense evoluiu muito desde o início do ano. No entanto, o treinador ainda não sabe como a equipe vai se comportar diante de adversários com qualidade técnica mais elevada e numa competição diferente.
– A Libertadores tem um ambiente mais hostil, mais difícil e é preciso ter essa consciência, temos que ter um time competitivo – afirmou.
Ele citou o exemplo do segundo tempo do jogo contra o Atlético-MG, pela Primeira Liga, em que o time conseguiu empatar depois de levar 2 a 0 no primeiro tempo, mesmo com um homem a menos.
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Na avaliação de Mancini, o grupo da Chape tem jogadores com caráter e que podem superar alguma dificuldade técnica com muita pegada.
– Se tivermos que suar sangue, nós vamos suar, para honrar essa camisa que a gente veste – finalizou.
Esse espírito de Libertadores do treinador foi um dos motivos que levou o presidente do clube, Plínio David de Nês Filho, a contratá-lo no final do ano passado, para reconstruir um time inteiro, após a tragédia da queda do avião da LaMia.