Foi com vitória em um Gre-Nal em Erechim que Marcão se despediu do Inter, em 2009. Depois de passar pelo Palmeiras e se firmar no Goiás, o zagueiro e lateral-esquerdo (hoje, mais zagueiro) se vê novamente envolvido pela rivalidade gaúcha.
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Na noite desta quarta, Marcão pode se tornar bicampeão da Sul-Americana e impedir o Grêmio, quarto lugar no Brasileirão, de chegar à Libertadores. Para abocanhar o título e a vaga, o time esmeraldino pode perder por até um gol de diferença do Independiente, em Avellaneda. O jogo começa às 22h.
Foto: Daniel Marenco
O currículo de Marcão foi agraciado pelo título da Sul-Americana quando ele jogava pelo Inter, em 2008, depois de dois confrontos dramáticos diante do Estudiantes. Final com argentino virou especialidade.
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– A experiência ajuda, sim. No jogo da ida, na casa deles, o Guiñazu foi expulso e dificultou muito. Hoje, não podemos perder jogador aqui – aconselha Marcão, por telefone direto de Avellaneda.
Foto: Valdir Friolin
A ausência de Porto Alegre não impede Marcão de sentir a expectativa dos gaúchos pela final de logo mais. Uma boa conexão banda larga encurta a distância. Nos últimos dias, o zagueiro vem recebendo dezenas de e-mails de colorados, que buscam unir o útil ao agradável: apoiar o ex-jogador do clube e, ao mesmo tempo, reforçar a torcida para que o Grêmio não alcance a Libertadores. Já o Tricolor veste o vermelho do Independiente.
– Mas a secação do Grêmio é normal. Se eu jogasse lá, também secaria – confessa um dos três zagueiros do funcional 3-5-2 de Artur Neto.
Aos 35 anos, Marcão fala do Grêmio, mas as lembranças sempre apontam para a Padre Cacique. E sua biografia colorada não serve só para passar experiência aos mais jovens. É sinônimo de superstição:
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– Em 2008, eliminamos o Grêmio e fomos campeões sobre um time argentino. Este ano, com o Goiás, de novo vencemos o Grêmio. E na final? Estamos enfrentando outro clube da Argentina – compara Marcão, ávido por ver a história se repetir. – Quero muito dar esse título ao Goiás, é algo que eles não têm ainda – espera o zagueiro, que, apesar do sucesso na Sul-Americana, viu seu time cair para a Série B do Brasileirão.
Foto: Jefferson Botega
Com o celular do assessor do Goiás numa mão e um pé já no campo de treino, na véspera da decisão, Marcão ainda consegue projetar um reencontro com seu ex-clube.
– Quem sabe não jogamos uma Recopa com o Inter ano que vem?