Na foto do time campeão da Copa São Paulo de Futebol Jr., Jackson quase não aparece. Escondido entre dois outros companheiros, o volante jogou apenas 15 minutos em toda a competição, nas quartas de final, contra o São Carlos. Cinco anos após o título, porém, o garoto de Biguaçu é o que mais espaço conquistou na equipe profissional do Figueirense.

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Quieto, Jackson continuou trabalhando na base do clube e esperou pacientemente por uma chance no time profissional. Quando ela apareceu, não desperdiçou. No dia 14 de agosto de 2011, o então técnico do Alvinegro Jorginho precisava de um substituto para o suspenso Ygor, titular absoluto, e ele foi encontrado na base. Jackson entrou e, logo em sua estreia na Série A, teve a difícil missão de marcar Ronaldinho Gaúcho.

– Eu passei a ser mais conhecido contra o Flamengo. Assim como a Copa São Paulo, esse dia é inesquecível. E ainda tive a chance de marcar o Ronaldinho, foi incrível – lembra com carinho.

Apesar de jogar bem contra o Flamengo, a carreira de Jackson só deslanchou no ano seguinte. No início do Brasileirão, Ygor foi negociado com o Internacional e assim, finalmente, Jackson ganhou a tão esperada oportunidade no time titular. E não largou.

– O Ygor estava muito bem e eu sabia que o Figueirense não iria conseguir segurar. A minha oportunidade apareceu, eu tive uma sequência e não larguei. Meu trabalho, dedicação e a humildade em esperar por minha chance me ajudaram – analisa.

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Os planos de Jackson para 2013 são bem simples: ser campeão catarinense, ajudar o time a voltar para a Série A e, também, marcar o primeiro gol na carreira profissional. Foram poucos na base e por isso a ansiedade para balançar as redes é enorme.

– Eu não vejo a hora. Nem sei como vou comemorar. Vou correr para todos os lados, não sei o que vou fazer – disse, em um dos poucos momentos que abriu um sorriso largo.

Jackson sempre foi torcedor do Figueirense e sonhava em vestir a camisa do time de coração.

Por sorte, entrou no grupo para a Copa São Paulo nos momentos finais de inscrição, foi campeão, mas continuou trabalhando anônimo no Orlando Scarpelli esperando a primeira chance, e quando teve não desperdiçou. Traçando pequenas metas ele espera chegar longe na carreira.