A comissão eleitoral britânica acredita que a campanha oficial dos partidários de abandonar a União Europeia no referendo de 2016 violou as regras sobre gastos – informou a própria campanha nesta quarta-feira (4).

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“Vote Leave”, que recebeu o apoio do ministro eurocético Boris Johnson, disse que a comissão concluiu que se coordenou com outros grupos pró-Brexit menores, cujos gastos deveriam ter sido contado como próprios.

A campanha revelou estas conclusões antes da comissão eleitoral com o objetivo de minimizar os danos, um gesto que está descrevendo como “incomum”.

Se essas conclusões iniciais se confirmarem e “Vote Leave” for considerada culpada, terá de pagar uma multa. A questão vai além, porque o resultado do referendo foi apertado – 52% e 48% – e as feridas que deixou continuam abertas.

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A comissão estima que a campanha desviou uma doação de cerca de 600.000 libras (790 mil dólares), para outra organização menor, administrada por um estudante de moda, com o objetivo de não superar o limite legal de gastos de campanha, que era de sete milhões de libras.

Embora em si mesmo não seja ilegal, suspeita-se de que as duas organizações tenham coordenado suas atividades – o que é contra a lei.

Já o “Vote Leave” acusou a comissão eleitoral de não ter entrevistado em dois anos nenhum alto dirigente seu para contrabalançar as suspeitas e declarou que “não sobreviverão a um exame” minucioso.

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* AFP