Com a confirmação pela Secretaria de Saúde do Estado de que pelo menos quatro moradores de SC morreram neste ano devido à síndrome respiratória causada pelo vírus da gripe A, talvez quem faz parte do grupos de risco em Joinville se mobilize mais na próxima semana.
Continua depois da publicidade
Assim como no restante do País, a campanha de vacinação contra as influenzas (A, B e sazonal) será prorrogada na cidade para o dia 1º de junho. A meta dos municípios é imunizar 80% do público-alvo mas, até a noite de quinta-feira, Joinville havia registrado 61,70% de cobertura. Entre as cidades mais populosas do Estado, o percentual é menor do que em Florianópolis (70,74%); Blumenau (74,56%); e São José (79,66%).
O grupo mais preocupante em Joinville – repetindo a situação nacional e no Estado – é o de gestantes, no qual foram registrados 44,23% de procura. O número de crianças maiores de seis meses e menores de dois anos estava abaixo na cidade em relação à média catarinense.
Continua depois da publicidade
Até quinta-feira, 64,27% haviam sido imunizadas, segundo o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI). Um percentual que foge à regra é o de trabalhadores da saúde, que fazem parte do público-alvo da campanha.
Em Joinville, até quinta-feira, menos de 60% haviam sido vacinados, enquanto no Estado a meta de 80% já fora ultrapassada. Um alento é que, como SC é o Estado em que a campanha tem mostrado mais sucesso (veja quadro), a comparação é nivelada por cima.
Apesar de ainda abaixo da cobertura catarinense, a participação de idosos em Joinville tem se mostrado boa. Quase 64% das pessoas acima de 60 anos haviam recebido sua dose. Na tarde de quinta-feira, Jair João Espíndola, 62 anos, resolveu encarar a vacina pela primeira vez.
Continua depois da publicidade
O aposentado foi até o posto de saúde do Itinga, bairro onde mora, apresentou identidade e logo foi atendido. Ele conta que ouviu pelo rádio que a vacina era gratuita e que, devido à idade, estava no grupo de risco.
– Não sabia que podia tomar a vacina nos outros anos. Acho que é importante para cuidar da saúde -, conta.
A partir de agora, Jair garante que vai tomar a vacina todos os anos.
– A gente fica com um pouco de medo da agulha, mas é tranquilo -, diz.
De acordo com a gerente em Vigilância em Saúde de Joinville, Rosilei Weiss Baade, os números da cidade preocupam, ainda que apenas um caso de gripe A tenha sido confirmado neste ano, sem morte. Mas a baixa cobertura aumenta os riscos de internação e óbitos, ela alerta.
Continua depois da publicidade
– O problema é que muitas pessoas são resistentes ou têm medo da vacina. Estamos divulgando, não temos como obrigar ninguém -, diz.
As doses estão sendo aplicadas nas 56 unidade de saúde ou na Sala de Vacinação Central, na rua Itajaí. Também há a possibilidade de pessoas fora dos grupos de risco pagarem pela vacina em clínicas especializadas, por cerca de R$ 70.
LEIA MAIS: