Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia ( SBC) apontam que 8% da população infantil brasileira já seja hipertensa, o que corresponde a 5 milhões de crianças. Para um alerta sobre os riscos da doença, a SBC promove hoje uma série de palestras preventivas no maior colégio estadual de Santa Catarina, o Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis.
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A atividade é uma prévia da programação do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, que será lembrado na sexta- feira.
A campanha deste ano é especialmente dirigida às crianças e aos adolescentes. Segundo a entidade médica, na maioria das vezes a família nem sabe que os filhos pequenos têm a doença. Isto porque não há cultura de medição da pressão arterial na infância e adolescência.
A pressão alta ocorre pela soma da propensão genética, aliada aos maus hábitos alimentares e à falta de exercício. O representante estadual do Departamento de Hipertensão Arterial da SBC, Jamil Cherem Schneider, observa que a ocorrência da doença na infância cresceu nessa geração, que pouco se movimenta e se alimenta de lanches com grande frequência, os chamados fast food. Insegurança em grandes cidades favorece sedentarismo – O sedentarismo vem crescendo pela insegurança das cidades.
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Ao invés de brincar na rua, com atividades que movimentam o corpo, como antigamente, as criança agora ficam mais dentro de casa vendo televisão e jogando vídeo game. Isso se agrava com a dieta inadequada de pratos ricos em sal e gordura, excesso de consumo doces e aumento de peso.
– O resultado é mais crianças com hipertensão – diz o cardiologista.
Entre as ações da campanha, a SBC também disponibilizou uma cartilha no site www. cardiol.br (link:http://prevencao.cardiol.br/campanhas/img/cartilha_hipertensao2013.pdf) para professores utilizarem como material didático em sala de aula.
O que é?
É quando a pressão que o sangue faz na parede das artérias para se movimentar é muito forte, acima dos índices considerados normais.
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Crianças e adolescentes também podem desenvolver a doença, por isso a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento contínuo são importantes.
Sinais de alerta:
– Histórico na família, obesidade e sedentarismo.
– Pessoas negras são mais propensas a ter problemas de pressão alta, por herança genética.
– Algumas doenças aumentam a pressão sanguínea, como as renais, endócrinas ( das glândulas) e cardíacas.
– Crianças obesas têm até oito vezes mais chances de desenvolver hipertensão, colesterol elevado e diabetes.
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Diagnóstico:
– Somente o médico pode diagnosticar a doença e orientar sobre o tratamento adequado na infância e adolescência.
– É importante que, nas consultas periódicas, o médico verifique a pressão da criança para um diagnóstico precoce da doença.
Sintomas:
– Tontura
– Falta de ar
– Palpitação
– Enjoos e náuseas
– Dor de cabeça frequente
– Cansaço inexplicável
– Problemas cardíacos
– Alterações na visão
Prevenção:
– Crianças a partir dos seis meses precisam de uma alimentação variada.
– Estabeleça horários para evitar longos períodos sem alimentação.
– Diminua o consumo de alimentos gordurosos, exclua frituras e utilize pouco óleo nos alimentos.
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– Reduza o consumo de doces.
– Substitua refrigerantes por sucos e prefira alimentos frescos e naturais.
Tratamento:
O tratamento e acompanhamento são realizados por toda a vida.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia
Quando desconfiar:
– Hipertensão é uma doença mais conhecida como pressão alta. Ela não tem cura, mas pode ser evitada por adultos e até mesmo crianças.
– A doença prejudica os vasos que fazem o sangue circular pelo corpo, o coração, o cérebro, os olhos e pode prejudicar o funcionamento dos rins.
– Nem sempre as pessoas conseguem sentir que estão com pressão alta.
– Quando elas sentem tonturas, falta de ar, batimentos rápidos do coração, enjoos, muita dor de cabeça ou cansaço, devem ir ao médico.
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– Comer verduras, frutas e menos lanches ajuda a evitar a pressão alta. Também é preciso comer nas horas certas e fazer atividades físicas.
– Se não for tratada, a hipertensão pode causar outras doenças.
Um futuro preocupante
Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que em 2040 o Brasil vai liderar o ranking mundial em população com doenças cardiovasculares.
Esses adultos são as nossas crianças de hoje, com menor expectativa de vida. Em Santa Catarina, dados atuais sobre a hipertensão em crianças não constam nas estatísticas da Secretaria de Estado da Saúde. A falta de mapeamento também é comum à prefeitura de Florianópolis. Os quadros não distinguem adultos e crianças. São registradas apenas as consequências deste mal, como ocorrências de acidente vascular cerebral, uma das mais graves.
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Na sexta- feira a SBC expande as atividades em Florianópolis para todos os públicos. Entre o meio- dia e as 17h30min, haverá medição de pressão arterial e esclarecimentos sobre a doença, no Largo da Alfândega, no Centro da Capital.
Serviço:
Atividades: Campanha Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial
Local: Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis
Data: 25 de abril
Horário: 8h30 às 16hs
Atividades: Campanha Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial
Local: Largo da Alfândega, no Centro, em Florianópolis
Data: 26 de abril
Horário: 12 às 17h30