A história de Henrique Neitzke, de três anos, foi motivação para uma corrente do bem em Jaraguá do Sul. O garotinho foi diagnosticado com um tipo raro de leucemia em maio deste ano, e a família iniciou uma campanha em busca de um doador de medula óssea, que foi encontrado em julho. Até esse mês, a unidade jaraguaense do Hemocentro de Santa Catarina (Hesmosc) cadastrou 10 mil pessoas como doaras de medulas. O número representa um crescimento de mais de 200% em relação ao ano passado, quando durante todo o período foram feitos três mil cadastros.
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Normalmente, eram feitos de 20 a 25 cadastros de medula por dia. Depois da campanha, os cadastros chegaram até 120 por dia, revela enfermeira responsável pela unidade do Hemosc em Jaraguá do Sul, Raquel Aparecida Ribas. Ela afirma que o cadastro é simples: basta preencher uma ficha com dados e retirar cinco ml de sangue.
– Como os cadastros não precisam ser agendados, durante três meses a nossa demanda ficou sobrecarregada. Somos uma unidade pequena e esses números significam um aumento enorme para nossa equipe – destaca.
Raquel conta que a rotina movimentada do Hemosc ficou assim por cerca de dois meses. Segundo a enfermeira, a população ficou comovida com a história de Henrique e, depois que ele encontrou o doador, os cadastros voltaram ao normal. Agora, mais cinco pessoas que necessitam de transplante de medula óssea iniciaram campanha no Vale do Itapocu, por isso Raquel acredita que as os cadastros irão aumentar.
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A unidade de Jaraguá do Sul realiza o cadastramento de medula sem agendamento. O cadastro vale para todo o território brasileiro e também é compartilhado com outros países. Já as coletas de sangue ocorrem por agendamento por causa da estrutura reduzida. São realizadas entorno de 500 por mês.
O Hemosc jaraguaense fica anexa ao Hospital São José e atende das 7 às 16 horas. A pessoa deve ir à unidade e retirar uma senha para aguardar o atendimento. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (47) 3055-0454.
Internação do menino Henrique será dia 29
A internação de Henrique está marcada para dia 29 de setembro no Hospital Nossa Senhora das Graças em Curitiba. Depois disso, ele deve receber o transplante do doador de medula óssea que foi considerado 100% compatível. A mãe do pequeno, Sandra Regina Fridrich Neitzke, conta que Henrique está bastante debilitado por conta da doença.
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– Ele está cansado de tomar remédio, de fazer exame e ficar internado. Essa semana está com as plaquetas baixas e pode ter que ficar novamente internado. É complicado para uma criança de três anos parar de brincar – revela.
Sandra conta que o filho terá que passar por mais duas sessões de quimioterapia antes do transplante. Depois do procedimento serão 30 dias de internamento e mais 100 dias na capital paranaense em recuperação.
– Teremos mais batalhas para vencermos, mas se é para o Henrique melhorar, vai valer a pena – conta Sandra.
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