A campanha de vacinação contra a poliomielite em Blumenau terminou com apenas 24,31% do público-alvo imunizado. Na prática, pouco mais de quatro mil crianças receberam a dose nos 19 dias de mobilização. O percentual alcançado pela maior cidade do Vale do Itajaí é menor do que a média de cobertura estadual, que ficou em 38,81%. A meta do Ministério da Saúde era chegar a 95%.

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Embora a campanha tenha encerrado, o imunizante contra a paralisia infantil segue à disposição nos postos de saúde e ambulatórios gerais para crianças com menos de cinco anos que estão com a caderneta de vacinação em atraso. As doses utilizadas são a oral poliomielite (VOP) e a inativada poliomielite (VIP). Para crianças menores de 12 meses, a vacina contra fica dentro da rotina.

A secretária de Promoção da Saúde, Jaqueline Mocelin, diz que a baixa procura pela vacina preocupa:

— As equipes seguem focando na atualização da caderneta para os imunizantes em atraso. Por isso é indispensável que os pais levem os filhos para se vacinar, seja contra a pólio, caso esteja atrasada, ou outro vírus ou doença, porque as vacinas são seguras, eficazes e gratuitas.

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Doença é grave

A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença grave, contagiosa, que tem como característica a paralisia nos membros inferiores de forma irreversível. A pessoa infectada pelo vírus que causa a doença deve ser hospitalizada para tratar os sintomas, mas não há tratamento específico para a poliomielite. A vacinação é a única forma de prevenção.

Santa Catarina registrou o último caso da doença no ano de 1989 e conseguiu erradicar a pólio por causa da adesão das família à imunização das crianças. Mas nos últimos anos o índice de cobertura vem caindo expressivamente. Em 2015, por exemplo, Blumenau alcançou durante a campanha nacional 103,6% de imunização. No ano da pandemia de Covid-19 o percentual caiu para 77,8% durante a mobilização.

Em 2022, ficou 66,3% e motivou uma reportagem especial da NSC: Sobreviventes da poliomielite.

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