O pífio desempenho de Geraldo Alckmin nas intenções de votos para presidente da República é resultado de uma campanha totalmente equivocada. O ex-governador estacionou na corrida nacional e em Santa Catarina, onde o PSDB teve vitórias extraordinárias sobre os adversários.

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A tese vem sendo defendida por duas expressões políticas. A primeira, do senador Cássio Cunha Lima, um qualificado líder tucano do Nordeste com intervenções sempre equilibradas no Congresso Nacional sobre questões polêmicas nacionais.

Viralizou na internet entrevista de Cunha Lima com veemente crítica à equipe de propaganda de Alckmin de partir para o ataque contra o deputado Jair Bolsonaro (PSL). Constata que a desconstrução de Bolsonaro não significará a transferência de votos para o presidenciável tucano. E desgasta mais o paulista. A ofensiva contrasta com sua serena biografia.

E na sexta (28), durante palestra na Fiesc, o cientista político Murillo Aragão fez um diagnóstico sobre o período pré-eleitoral, com projeções. Previu que Jair Bolsonaro e Fernando Haddad devem disputar o segundo turno. E criticou a estratégia de Alckmin, que era visto como alternativa equilibrada de centro, para evitar extremismos. Enfatizou que houve equívoco ao atacar Bolsonaro. O adversário do tucano sempre foi o PT. Se partisse para a ofensiva contra Haddad, o tucano poderia ir para o segundo turno contra Bolsonaro. Com grandes chances de ser o vitorioso.

Conclusão: Alckmin adotou uma estratégia suicida.

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Corrupção

Pelo menos 60% dos recursos do bilionário Fundo Eleitoral criado no ano passado foram destinados aos atuais deputados federais e senadores. Isto reduzirá os índices de renovação do Legislativo.

Revelação foi do procurador Deltan Dallagnol durante palestra na Fiesc sobre “Corrupção, Ética e Eleições 2018”. Ele afirmou: “Os países mais corruptos são exatamente os que tem menores IDHs; "Maior índice de corrupção leva à perda de competitividade das empresas no mercado mundial”;  “Governos mais corruptos são os que têm maior burocracia”.

 

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