A campanha de Cesar Souza Junior (PSD) à prefeitura de Florianópolis encerrou seu caixa com um prejuízo de R$ 476,1 mil, segundo a prestação de contas entregue por representantes do prefeito eleito ao Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) nesta terça-feira. De acordo com a declaração, Cesar somou R$ 4,9 milhões em receitas, mas teve R$ 5,4 milhões em despesas.
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Os maiores gastos da campanha pessedista foram com a produção dos programas eleitorais em rádio e televisão. Segundo consta na declaração, a empresa Cinnema Produções de Filmes e Locações de Equipamentos para Filmagens Ltda. recebeu R$ 1,2 milhão pela produção dos programas veiculados no horário eleitoral gratuito. Já a produtora Neovox Comunicação Ltda., do marqueteiro Fábio Veiga, recebeu outros R$ 2,4 milhões pelos serviços prestados durante a campanha.
Com relação às receitas, a coordenação da campanha de Cesar teve quase metade de seus recursos doados, R$ 2,2 milhões, pelo diretório estadual do PSD e não é possível saber quem doou indiretamente ao candidato porque as contas e doações de empresas aos partidos não estavam disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral nesta quarta-feira. O comitê financeiro de Cesar foi responsável por outros R$ 866 mil da arrecadação.
Segundo o advogado e presidente municipal do PP, Alessandro Abreu, que coordenou a campanha de Cesar, a diferença de receitas e despesas ocorre porque houve atraso no envio de recursos do diretório estadual do partido no segundo turno. A conta, garante, será paga pelo próprio PSD.
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– Nossa maior preocupação era não extrapolar o limite de gastos, que tínhamos declarado em R$ 8 milhões. Em uma campanha de dois turnos é muito difícil estimar gastos. No começo nós tínhamos uma expectativa de gastar R$ 4 milhões, mas dobramos essa expectativa para evitarmos problemas – explica.
O candidato Gean Loureiro (PMDB), derrotado no segundo turno da eleição em Florianópolis, declarou exatamente o mesmo valor de arrecadação e despesas: R$ 2.447.665,35. O peemedebista teve diversas doações de pessoas físicas que, segundo ele, são resultado de eventos realizados durante a campanha.
– A gente só gastou aquilo que recebeu – enfatizou Gean.