A campanha de Jair Bolsonaro (PL) aposta na desmobilização de estados do Nordeste para vencer as eleições presidenciais no segundo turno.

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De acordo com um estrategista do núcleo duro do governo, o fato de o pleito ter sido decidido já em primeiro turno em estados em que Lula (PT) teve votação estrondosa contribuiria para a desmobilização do eleitorado.

Sem campanhas para o governo estadual e de candidatos a senador e a deputado, as pessoas teriam uma motivação menor para ir às urnas, pois não seriam mais estimuladas pelas militâncias dos partidos a votar.

A aposta é que a mobilização poderia aumentar, tirando votos de Lula.

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Com isso, o petista não conseguiria tirar a diferença, no Nordeste, de votos que os bolsonaristas acreditam poder ganhar no sudeste -especialmente em São Paulo, onde a eleição será decidida em segundo turno.

No Piauí, Lula teve 74,25% dos votos, contra 19,9% de Bolsonaro. No Ceará, ele teve 65,91%, contra 25,38% do atual presidente. No Maranhão, a vitória foi por 68,84% para o petista, contra 26% do adversário. No Rio Grande do Norte, o placar ficou em 62,98% contra 31% de Bolsonaro.

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A abstenção total no país aumenta historicamente do primeiro para o segundo turno.

Em 2018, a abstenção na primeira rodada chegou a 20,3% do eleitorado, com 29.9 milhões de pessoas habilitadas a votar deixando de comparecer às urnas. No segundo turno, ela subiu para 21,3%.

Neste ano, a abstenção bateu recorde no primeiro turno, chegando a 20,9%.

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Economistas e estatísticos ligados ao governo e que estão engajados na campanha de Bolsonaro calculam que, do total, 70% dos que faltarem votariam em Lula, e 30%, no presidente. Isso porque a abstenção em geral é maior entre eleitores de baixa renda, universo em que Lula tem mais votos.

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*Por Mônica Bergamo

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