Campanha da Fraternidade tem como tema a relação da igreja com a sociedade

Passado o Carnaval, a igreja católica de Joinville começou a preparar os cristãos para uma reflexão que vai durar cerca de 40 dias. A 51ª Campanha da Fraternidade inicia-se nesta quarta-feira em todo o Brasil. Neste ano, a campanha tem como tema “Fraternidade: Igreja e sociedade, baseado na citação bíblica: “Eu vim para servir“.

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As celebrações buscarão uma reflexão sobre a vida em sociedade, que se baseia na convivência coletiva, com leis e normas de condutas. A Campanha da Fraternidade é uma proposta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) feita todos os anos para que as dioceses do país abordem temas nos dias de preparação para a Páscoa. O intuito deste ano é fortalecer a relação entre igreja e sociedade.

– É necessário que a igreja não se feche em seu mundinho e vá até a comunidade para prestar atendimento – diz o padre Ivanor Macieski.

Macieski ainda diz que um dos papéis da igreja é servir a comunidade com ações baseados em valores bíblicos, paz e ética. Para mostrar o tema na prática, uma das novidades deste ano entre as atividades, são as celebrações da Via Sacra realizadas pelas paróquias joinvilenses que serão feitas nas ruas, diferentes das outras edições que foram realizadas dentro de cada paróquia. Todas as sextas-feiras serão realizadas a celebração em uma rua escolhida no dia da ação. A programação das vias está sendo definida em cada paróquia independentemente, ao todo serão mais de 50 ruas da cidade.

– Queremos mostrar para a população que a igreja quer ser mais ativa e próxima dos problemas do povo – explica.

Outra ação é intensificar as ações sociais realizadas nas entidades filiadas à Associação Diocesana de Promoção Social (Adipros) da Igreja Católica, como o Lar do Idoso Betânia, Pastoral Antialcoólica, Pastoral Carcerária, entre outros.

No domingo de Ramos, uma semana antes da Páscoa, será feita uma procissão na frente da Câmara dos Vereadores, para mostrar, segundo o padre, que igreja e política caminham juntos.

– É importante que a igreja não se omita nas questões políticas aqui da cidade – afirma.

Também será feita uma arrecadação para o combate à fome no mundo. Em todas as paróquias terá um ponto para receber as doações, que serão enviadas à CNBB e encaminhada aos projetos que contribuam com a causa.

Em 2014, a Campanha da Fraternidade abordou o debate sobre o tráfico humano.