As fisgadas apareceram de repente – ela chegou a pensar que fosse apenas um mau jeito, má postura ou uma noite maldormida –, mas os sintomas aumentaram gradativamente até que a deixaram acamada. Há três anos Ana Paula Brandão, 37, sente dores que se tornaram insuportáveis e hoje toma metadona (substância com efeitos similares aos da heroína e da morfina) para tolerá-las. Para reduzir a sensação de impotência – Ana fica a maior parte do dia deitada e sem poder se locomover –, a campanha Ajude a Ana tenta arrecadar R$ 220 mil para dar continuidade ao tratamento da síndrome neuropática crônica, sem cura, provocada por um tumor raro localizado na região lombo-sacra (no final da coluna).

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De acordo com Ana, o médico especialista que a acompanha está estudando o caso com a equipe dele. Como o tumor está muito próximo ao nervo, ainda não se sabe se será possível retirá- lo. O valor que está sendo arrecadado é para colocar um neuroestimulador na coluna (dispositivo cirurgicamente implantável do tamanho aproximado de um cronômetro).

– O procedimento de retirada de tumor, se precisar ser feito, eu vou conseguir fazer depois, pelo plano de saúde – explica ela.

O dispositivo emite sinais elétricos leves para o espaço epidural próximo à coluna vertebral por meio de cabos-eletrodos, o que seria eficaz contra a dor. A cirurgia é a esperança de Ana para amenizar o sofrimento causado pela síndrome rara, que só foi diagnosticada após ela passar por diversos especialistas.

– Devido à doença ser rara, o dispositivo não é disponibilizado pelo SUS e ainda tive o benefício-doença, que recebia, negado pelo INSS, então estou sem condições financeiras de pagar meu tratamento de saúde. Tudo o que mais quero é uma oportunidade, quero levantar da cama, sem dor e sem ajuda, voltar a trabalhar, estudar e poder ajudar os outros. Toda ajuda para o meu tratamento é muito bem-vinda – salienta Ana.

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A moradora de Camboriú já passou por outros procedimentos cirúrgicos, mas que não mudaram o estado de saúde dela. Por causa da dor crônica, Ana está impossibilitada de trabalhar e conta com a apoio da família, do marido – Eduardo deixou o emprego para ajudá-la no dia a dia –, de conhecidos e de pessoas que se solidarizam com a história dela para continuar o tratamento.

Neste ano ela recebeu uma camisa do time do Avaí autografada pelos jogadores para dar uma força na vaquinha online. A campanha tem duração máxima de arrecadação de 60 dias e por enquanto tem menos de 1% do valor necessário para adquirir o neuroestimulador.

COMO AJUDAR

– Acesse o http://bit.ly/AjudeaAna

– Ou doe qualquer valor, via depósito bancário, pelo Banco Banrisul (041), agência 0772, conta: 350.951.130-2, CPF: 965.732.440-87

– Os telefones de contato da Ana são (47) 3050-9447 ou 99113-8488