O que fazer com o óleo de cozinha após utilizá-lo é uma dúvida que ronda muitas casas. A moradora do bairro Vila Nova Camila Delambert, 32 anos, assume que esta é uma preocupação recente na vida dela.
Continua depois da publicidade
– Depois que você vai morar sozinha é que você passa a se preocupar com isso – disse.
Hoje, casada e mãe de uma filha, Camila está atenta às questões ambientais, armazena o óleo utilizado em garrafa pet e deixa separado para que a coleta seletiva dê um destino correto ao resíduo. Além disso, sempre que possível, orienta os amigos sobre o descarte correto.
Desde que a Companhia Águas de Joinville criou o programa “Óleo e Água não se Misturam”, há dois anos, 42 mil litros do resíduo deixaram de ir parar na rede de esgoto. O que, segundo a companhia, evitou a contaminação de cerca de 1 bilhão de litros d?água – já que um litro de óleo contamina 25 mil litros de água.
Continua depois da publicidade
Apesar de significativos, os números alcançados estão longe de agradar a companhia. A agente socioambiental da Águas de Joinville, Samanta Schaefer, explica que a quantidade de óleo coletada nos mais de 70 ecopontos distribuídos pela cidade tem aumentado, mas ainda está longe do ideal, que seria em torno de 5 mil litros por mês. Hoje, são arrecadados em torno de 1,5 mil litros.
Samanta atribui a baixa arrecadação ao comodismo das pessoas.
– Há meses em que a coleta aumenta e em outros cai sem razão aparente – observa.
E descartar o óleo de cozinha na rede de esgoto gera um custo para a Águas de Joinville de R$ 30 mil mensais com ações para desobstruir a tubulação da rede coletora da cidade. Atualmente, cerca de 30% das reclamações de entupimento têm como causa o óleo de cozinha jogado na pia ou no vaso sanitário.