Julio Cesar Wojcikiewicz, de 37 anos, criou um canal de comunicação para buscar recuperar as camisas raras que foram furtadas em Florianópolis. Entre elas, está peças como, por exemplo, uma do Vasco da Gama com a assinatura de Romário.

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Assim como já noticiado pelo NSC Total, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão, no dia 7 de julho, de uma mulher suspeita de receber algumas que foram furtadas da residência de Julio Cesar Wojcikiewicz.

— Ao todo foram recuperadas 18, sendo 17 da busca e apreensão na casa de uma pessoa que supostamente receptou as camisas furtadas e uma recuperada depois da criação da conta no Instagram e divulgação nas redes sociais e imprensa — explica o colecionador.

Com o objetivo de receber informações e até mesmo a localidade das peças que foram adquiridas ao longo dos anos, Wojcikiewicz divulga o seu contato pelo WhatsApp (48) 98811-4612 e também criou uma conta no Instagram.

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— Das principais camisas, as mais valiosas ainda seguem sem ninguém saber o paradeiro — lamenta.

Mesmo com a grande quantidade ainda sem localização, a divulgação já trouxe resultados como, por exemplo, uma peça do Clube Atlético Alto Vale.

— Essa fui devolvida no jogo entre Brusque e São Bernardo por uma pessoa que viu o meu caso e que havia comprado da pessoa que receptou as camisas furtadas — relembra.

Camisa do  Clube Atlético Alto Vale foi devolvida durante partida do Brusque (Foto: Arquivo Pessoal)
Camisa do Clube Atlético Alto Vale foi devolvida durante partida do Brusque (Foto: Arquivo Pessoal)

Inquérito concluído

Procurado pela reportagem do NSC Total, o delegado da Polícia Civil, Otávio Cesar Lima, disse que o inquérito sobre o caso foi concluído na última quarta-feira (16), mas que existe a possibilidade de tirar peças para análise do judicial da comarca de Palhoça, município no qual as camisas estão sendo comercializadas.

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— O problema de tudo é que essa pessoa que receptou, não auxiliou com informações de quais peças comprou, não passando informações para mim e tão pouco para a Polícia Civil pois a mesma em seu depoimento disse que só se manifestaria em juízo — contou Júlio.

O advogado Grégor Goedert, que trabalha na defesa da mulher suspeita de receptação das peças, afirma que ainda não teve conhecimento de uma denúncia por parte do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).

Relembre o caso do furto das camisas

Júlio Cesar Wojcikiewicz teve quase 200 camisas de futebol furtadas da sua coleção com mais de 400 peças. Segundo ele, o prejuízo é de quase R$ 80 mil. O caso veio à tona quando um conhecido de Júlio entrou em contato com ele pedindo um lugar para ficar enquanto a sua residência passava por reformas.

— Como eu trabalho com futebol, a casa ficava vazia e ele ajudava a limpá-la e ajudava nos momentos em que eu não estava. Como vi que estava me auxiliando e veio em um mês que estava meio ruim financeiramente, fiz a proposta: “Tu não queres pagar esse mês aqui, tu me ajuda, fica um tempo aqui em casa me ajudando e quando arranjar algo melhor, a gente vê o que faz” — relembra.

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No entanto, o primeiro sinal de um sumiço aconteceu dias depois. Na ocasião, a sua namorada perguntou se poderia pegar uma das roupas da coleção para vestir, mas não encontrou entre as demais.

— Ela veio me perguntar onde estava a camisa porque procurou e não encontrou, e foi ela que me ajudou a organizar. Eu respondi que devia estar no meio da bagunça e que depois eu procuraria melhor, mas passou — pontua.

O furto foi descoberto apenas no fim de maio. Segundo ele, uma pessoa entrou em contato perguntando se não venderia uma camisa da coleção. O publicitário, então, negou que estava comercializando qualquer peça. A pessoa, no entanto, insistiu alegando que viu um anúncio na internet de um dos uniformes raros na internet.

— Era uma camisa do Figueirense. Fui ver o que estava acontecendo e era a minha camisa sendo anunciada. Acabei entrando no quarto e vi que ela não estava lá. Era uma camisa rara, que tem a assinatura do goleiro — conta.

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A detentora do anúncio falou que comprou as peças de um homem que tinha o mesmo nome do seu amigo que estava hospedado na sua residência, que confirmou ter vendido as camisas sem o conhecimento de Júlio.

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