Decisão de campeonato faz parte daquele grupo de jogos que são definidos apenas nos detalhes. E, é claro, Avaí e Chapecoense estão atentos a todos os pontos fortes e fracos do seu rival para explorá-los ao máximo a fim de obter qualquer tipo de vantagem na preparação antes de a bola rolar. O Diário Catarinense também montou a sua prancheta, que mostra algumas das qualidades e dos defeitos do Leão e do Verdão.
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AVAÍ
Jogo aéreo defensivo
Futebol também se joga com a cabeça. Seja para pensar a partida, como também usá-la para golpear a bola. Os zagueiros do Avaí que o digam, pois demonstram que a defesa azurra está afiada no jogo aéreo cada vez mais valorizado ante a ocupação de espaço do campo de jogo. Ao longo das 18 rodadas antes da final, o Leão sofreu apenas um gol de cabeça. Foi no empate em 1 a 1 com o Inter de Lages, no encerramento do returno. Na ocasião, por sinal, a dupla de zaga foi formada por Gustavo e Maurício. Os titulares, Alemão e Betão, foram poupados. Ainda, a equipe sofreu apenas três gols de bola parada.
Efetividade no segundo tempo
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Pode até parecer que a equipe azul e branca guarde o melhor para depois, a julgar pelo momento em que chega ao fundo do barbante neste Campeonato Catarinense. Inclusive, aos torcedores que preferem deixar a arquibancada antes do término do jogo, o conselho é encarar um eventual congestionamento para voltar para casa. Isso porque dois terços dos gols do Avaí neste Campeonato Catarinense foram marcados no segundo tempo. Dos 27 gols assinalados, 18 foram na segunda etapa – a maioria entre os 16 e 30 minutos.
Atenção até o último apito
Até o momento, o Avaí não conseguiu ter a concentração de término do primeiro tempo repetida no fim do jogo. Os números apontam algum relaxamento da equipe nos instantes finais dos confrontos. Se nos 15 minutos antes do término da etapa inicial sofreu apenas um gol, após o 30º minuto do segundo tempo é mais vazado. Foram quatro tentos contraídos, e não apenas quando a partida estava resolvida. Destes, dois custaram resultados, contra o Inter de Lages e Criciúma, no meio do campeonato. Uma outra ocasião foi ante o Brusque, partida em que ainda conseguiu reagir e vencer com gol nos acréscimos.
CHAPECOENSE
Poderosa na bola parada
A bola parada é fator importante em final de campeonato. Em meio ao jogo tenso e truncado para a construção de jogadas, uma falta, um escanteio ou até mesmo uma cobrança de lateral vira arma para tentar furar a defesa do adversário. Não se surpreenda se a Chapecoense chegar ao fundo das redes desta forma, pois marcou quase 40% de seus gols fazendo uso desta jogada. Nenhum time do Catarinense marcou mais. Foram 14 tentos em bola parada. Para se ter uma noção, depois da Chape, as equipes que mais assinalaram assim foram Criciúma e o próprio Avaí, com oito cada.
Busca pela vitória até o fim
Um exemplo da entrega em campo e da luta da Chapecoense sobre o gramado está no momento em que chega ao fundo das redes. O Verdão fez 13 de seus tentos a partir dos 30 minutos do segundo tempo. O único time que se aproximou disso foi o Criciúma, com 11. Os gols verdes no final têm relação também com a boa fase da equipe no Campeonato Catarinense: todos eles foram marcados no período de oito jogos de invencibilidade na competição, do empate com o Figueirense em 1 a 1, ainda no primeiro turno, até a vitória sobre o Joinville por 2 a 0.
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Atenção na marca fatal
Dependendo das circunstâncias, jogadores e torcedores chegam a comemorar quando a arbitragem assinala uma penalidade máxima a favor do time. Porém, ter a bola na marca fatal não é sinônimo de rede balançada. A Chape que o diga. O Verdão do Oeste foi a equipe que mais teve pênaltis a seu favor no decorrer do Catarinense, foram quatro. Porém, converteu em gol apenas metade deles. Wellington Paulista e Túlio de Melo desperdiçaram uma batida cada.
No entanto, Wellington Paulista também anotou um em penalidade máxima, assim como Reinaldo.