Os homens deveriam seguir o exemplo das mulheres quando o assunto é prevenção. A capacidade de gerar uma vida em seu ventre talvez seja a responsável por tanto cuidado que elas têm à vida. Esse cuidado, se adotado por eles, poderia reverter números tão assustadores como é o caso de uma doença exclusivamente masculina: o câncer de próstata. Esse tipo de câncer é mais incidente que o de mama, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer: em 2012/2013 foram 60.180 novos casos de câncer de próstata e 52.680 de mama.

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As duas doenças, se descobertas no início, podem ser curadas. Desde 1997, a população vem sendo esclarecida sobre a importância de exames periódicos para diagnosticar precocemente o câncer de mama, durante a campanha Outubro Rosa. Como resultado dessa iniciativa, tem sido registrado um aumento considerável das consultas e exames preventivos entre a população feminina.

Já para conscientizar os homens sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aderiu ao movimento Novembro Azul, criado na Austrália em 2004. Se forem descobertos no início, 90% dos casos de câncer de próstata são curáveis. Porém, cerca de 30% dos pacientes do SUS são diagnosticados com a doença em estágio avançado. Existe inclusive uma sugestão da SBU que se crie, no Brasil, centros de referência em saúde do homem, para melhorar o acesso ao SUS. Hoje, os centros de referência da mulher recebem as pacientes encaminhadas pelo Programa de Saúde da Família, o que agiliza seu atendimento. Já o homem, se tiver suspeita de alguma doença, é encaminhado aos ambulatórios de especialidades e aguardará, talvez, meses para ter uma primeira consulta.

Porém, criar novas instituições para o atendimento à saúde masculina por si só não vai resolver a saúde pública. É preciso pintar o Novembro Azul de Rosa, ou seja, que os homens se conscientizem – como as mulheres já fazem – e façam a sua parte. STRONG>

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