O Sindicato dos Transportadores Autônomos de Containeres e Cargas em Geral de Itajaí e Região (Sintracon) planeja paralisação para esta sexta-feira. A entidade que possui cerca de 3.500 associados, dos quais 2.500 são de Itajaí, vai se reunir às 8h no Posto Santa Rosa, em Itajaí, para organizar o movimento.
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Conforme o presidente do Sintracon, Ademir de Jesus, diferente do que ocorre nas outras regiões do Estado, os caminhoneiros não irão bloquear as BRs 101 e 470 ou fechar a entrada dos portos de Itajaí e Navegantes.
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– Vamos cruzar os braços e visitar as transportadoras e portos para convencer outros proprietários de caminhões a também parar – explica Ademir.
As reivindicações da categoria são por aumento no valor do frete, de acordo com o trecho percorrido, e melhorias na entrada e retirada dos containeres no Porto de Itajaí.
– Vamos fazer uma paralisação limpa e sem confusões. Até pedimos para que a comunidade entenda, caso tenha algum tipo de prejuízo, pois só estamos lutando por melhores condições de trabalho – afirma.
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Segundo Ademir, em algumas linhas, os caminhoneiros que transportam mercadorias para os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR) chegam a ganhar três vezes mais do que os de Santa Catarina. Aqui o valor do frete é definido pela empresa que produz a mercadoria transportada ou pelas transportadoras.
Os postos de Balneário Camboriú e Itajaí registraram nos últimos dias aumento de até 40% no movimento de motoristas procurando abastecer. A maioria pede para encher o tanque com medo de uma possível falta de gasolina, decorrente do protesto dos caminhoneiros que fecha estradas pelo país.
A Associação Catarinense de Supermercados (Acats) informou no fim da tarde desta quarta-feira que os supermercados situados no Litoral Norte ainda não estão com problemas de desabastecimento por conta dos bloqueios dos caminhoneiros nas estradas catarinenses. De acordo com a associação, os estoques das lojas garantem abastecimento até o final de semana. Mas confirma que, posteriormente, podem ocorrer problemas de abastecimento.
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O Presidente da Acats, Atanázio dos Santos Netto, explica que a maioria das empresas trabalha com um fluxo prévio de suprimento de mercadorias, sempre procurando garantir estoques e que não ocorra a situação de ruptura nas gôndolas, a falta de produtos.
– Só que esta engrenagem depende de um fluxo constante e quanto ele é interrompido, como agora, gera incerteza para os dias seguintes – disse.