Centenas de caminhoneiros parados às margens da km 237 da BR-101, em Palhoça (SC), acumulam prejuízos diários desde a noite de sábado, dia 22. A cada dia de espera, eles desembolsam uma média de R$ 30 com alimentação e higiene e lamentam perdas com fretes que deixam de ser feitos. Hoje à tarde, uma fila gigante, em ambos os sentidos da rodovia federal, podia ser vista por quem transitava pela região.

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– Comecei a viagem no sábado passado e ainda não cheguei ao meu destino. Já deixei de pegar dois fretes – diz Claudio Ramos dos Santos, 56 anos, parado em Palhoça.

Natural de Osório, Santos foi punido duas vezes. A primeira, sábado passado, quando barreiras interromperam a BR-101. Uma rota alternativa, usada pelos veículos leves, vedava a presença de caminhões. Santos só prosseguiu viagem na quarta-feira à noite, quando alguns caminhoneiros foram autorizados a também usarem o desvio.

– Deixei 14 toneladas de arroz em São Paulo e voltei carregado para Porto Alegre. Achava que ia encontrar a pista desocupada – recorda Santos.

Não estava. Como as chuvas continuaram, veículos mais pesados foram novamente desautorizados a usar o desvio.

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– Agora estou aqui, com mais prejuízos – lamenta Santos, que teme não conseguir honrar o compromisso de R$ 2,18 mil da prestação do caminhão truck 1620, Mercedes-Benz.

De acordo com o policial rodoviário federal Fernando Machado de Magalhães, lotado na 1ª Delegacia da PRF, em São José (SC), é provável que amanhã o tráfego seja normalizado naquele trecho da rodovia.