Sucatas de caminhão, containers inúteis e caçambas de coleta de lixo enferrujadas foram se acumulando ao longo dos últimos anos em um canto do terreno da Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap), no Bairro Itacorubi.
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A justificativa da empresa responsável por recolher, separar, processar e dar fim ao lixo de Florianópolis era que, devido aos trâmites burocráticos para desfazer do material, não havia outro local para deixar os veículos “aposentados”. Assim, os equipamentos foram sendo depositados nos fundos do terreno, bem próximo ao mangue.
Em julho de 2013, a Fatma multou a companhia em R$ 30 mil por estar atuando sem licença ambiental de operação, mas nada consta na análise feita sobre irregularidade com as ferragens. O diretor de Operações da Comcap, Marius Bagnati, garante que não há riscos ao mangue e ao meio ambiente.
– É sucata de ferro e nem está sobre o mangue, não existe perigo. O que existe são equipamentos que aguardam leilão público para serem vendidos para a siderurgia, pois nem as peças podem ser reutilizadas – defendeu-se.
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A assessoria de imprensa da companhia reforça que o espaço de transbordo da Comcap, onde é feita a triagem e encaminhamento do lixo da cidade, vem passando por uma recuperação ambiental há anos. O local era um lixão até o fim do século passado. Por mês, são coletados 14,5 mil toneladas de resíduos sólidos e 2,2 mil toneladas de resíduos volumosos, com o trabalho de 1,7 mil funcionários.