As delegacias da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Joinville terão de desvendar um mistério gigantesco e constrangedor. Uma carreta carregada com cigarros contrabandeados que já tinha sido apreendida e deveria servir como prova para a prisão de três pessoas foi furtada do pátio da PRF, na BR-101, perto do distrito de Pirabeiraba.
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A PF já abriu um inquérito para apurar o furto da carreta, paralelo ao que já tinha sido começado para investigar o contrabando dos cigarros. A suspeita é de que os contrabandistas tenham se mobilizado para “recuperar” a carga que tem aproximadamente 500 mil maços de cigarros e está avaliada em quase R$ 2 milhões.
Tudo começou no dia 22 de agosto, quando a a PRF apreendeu, na BR-101, a carreta e um segundo veículo, um Corolla. Os motoristas dos veículos eram pai e filho e foram presos em flagrante. O condutor do Corolla fazia o trabalho de batedor para o transporte da carga de cigarros contrabandeados.
O filho dele, que dirigia o caminhão, também foi preso. Na abordagem, os policiais descobriram que o semirreboque do veículo era de um caminhão roubado, que havia sido adulterado e estava rodando com os números de outro veículo, portanto, clonado. O motorista de 37 anos foi preso em flagrante.
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Só que a carreta foi levada misteriosamente do pátio da PRF, com a carga. A corporação também abriu uma sindicância para apurar o que houve. Há imagens de câmeras de segurança, que não forma liberadas para a imprensa, que mostram que o veículo teria sido levado para o Paraná.
No Estado vizinho, sumiu novamente. Os ladrões foram tão ousados que teriam passado duas vezes em frente ao posto da PRF antes de levar o veículo para o Paraná.
O problema, segundo as corporações federais, é que a carreta deveria ter sido levada para a Receita Federal de Joinville e a carga, depois do processo, destruída.
Porém, segundo a Receita Federal, isso não aconteceu antes por falta de espaço no depósito. A responsabilidade da carga é da Polícia Federal, mas também não há espaço para um veículo assim no estacionamento da delegacia em Joinville.
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A Polícia Federal não libera mais informações e diz ter a identidade dos ladrões. Porém, falta descobrir para onde foi levada a carga e se houve facilitação para o furto da carreta.