Na tarde desta terça-feira, 19 de junho, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Santa Catarina firmou convênio com duas empresas sediadas em Joinville para possibilitar o acesso a mais de 8 mil câmeras de monitoramento pela cidade. É o início de um projeto que pode fazer com que a cidade tenha mais de 10 mil câmeras ligadas à Central de Monitoramento da Central de Operações da Polícia Militar (Copom) de Joinville até o fim do ano, disponibilizando estas imagens não só para vigilância mas também para investigações da Polícia Civil.
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Nas próximas semanas, outras empresas de segurança interessadas em oferecer o acesso ao seu aparelhos de videomonitoramento já tem assinaturas de convênios agendadas. Além disso, um edital de chamamento público foi aberto para oportunizar que empresas ainda não contatadas pelo órgão do Governo do Estado também participem do projeto, ampliando ainda mais o número de câmeras particulares integradas à Central de Monitoramento do Copom.
Até agora, Joinville possui 141 câmeras públicas instaladas na cidade pelo Projeto Bem-te-vi, da SSP. Segundo o secretário estadual da Segurança Pública, Alceu de Oliveira, muitas câmeras particulares oferecidas pelas empresas que assinaram convênio já estão disponíveis para acesso do Copom e as outras serão integradas nas próximas semanas. Com elas, a ideia é aumentar a efetividade na segurança e na coibição da prática de crimes.
— Primeiro, nós temos a diminuição da criminalidade, já que a câmera ostensiva auxilia neste ponto, evitando os crimes naquele local, e só isso já é muito bom. Mas também tem auxiliado muito em investigações — afirma ele.
A totalidade de câmeras particulares que irão compor a Central de Monitoramento ainda será definidas pela Secretaria de Segurança Pública. A meta inicial era de 10 mil, mas, como ela deve ser alcançada bem antes do fim do prazo do chamamento público, em dezembro deste ano, ela pode aumentar. A partir de agora haverá um trabalho de filtro das imagens já disponibilizadas. O foco é que elas estejam voltadas para áreas públicas, preferencialmente em espaços abertos como ruas e estacionamentos. Ao mesmo tempo, haverá uma avaliação dos pontos estratégicos onde estas câmeras estarão localizadas, para definir novas demandas.
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— Haverá um mapeamento de geolocalização para saber onde há câmeras, sejam públicas ou privadas, e então começa um novo trabalho para saber quais são os locais de interesse da segurança pública que não tem câmera, para que possamos fazer novos investimentos com o projeto Bem-te-Vi, por exemplo — diz Alceu.
Outro objetivo apontado pelo secretário é de agregar softwares de inteligência no videomonitoramento. No momento, de dois a três profissionais atuam no monitoramento de imagens no Copom de Joinville a cada turno. A ideia é que a tecnologia possa colaborar também na otimização do trabalho de observação.
— São programas que podem fazer reconhecimento facial e de placas de veículo e perceber determinados comportamentos. Por exemplo, uma pessoa que passa correndo em um lugar onde todos estão andando, o software irá apontar para o observador verificar e saber: é um procedimento de interesse para a segurança pública ou apenas um atleta que passou correndo?
Empresas interessadas em oferecer imagens de suas câmeras de monitoramento podem participar do chamamento público, aberto até 31 de dezembro. Para isso, é necessário fazer download do edital no Portal de Compras do Governo do Estado.
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