Se a situação para o Camboriú já não está nada boa, pode ficar pior. Na súmula da derrota para a Chapecoense, no domingo, o árbitro Jefferson Schmidt relatou todas as ofensas proferidas pelo técnico Claudemir Sturion no momento que o expulsou, aos 27 minutos do segundo tempo.
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Por este motivo, o treinador deve ir a julgamento e pode ser suspenso. Além disso, o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) deve pedir as imagens do jogo para ver se houve arremesso de objetos no campo.
Segundo o relato do árbitro na súmula, Sturion o teria ofendido com palavras como pipoqueiro, sem-vergonha e ladrão. Agora, o documento será encaminhado ao TJD, que deve oferecer denúncia, e o treinador pode ir a julgamento. O procurador-geral do tribunal, Felipe Branco Bogdan, disse que ainda não teve acesso à súmula, mas admite que Sturion deve ser enquadrado no artigo 258 ou 243-F.
– Depende do que está especificado na súmula, o treinador pode ser suspenso por alguns jogos e, se for comprovado que ele atingiu a honra do árbitro pode ser multado também – comentou.
O fato de ser o primeiro julgamento de Sturion no TJD de Santa Catarina pode pesar a favor do treinador, segundo o próprio procurador. Isso pode ser um atenuante para uma pena um pouco mais branda. Bogdan também comentou sobre o arremesso de objetos em campo, o que não foi relatado pelo árbitro na súmula. O TJD deve pedir as imagens do jogo e o clube pode ser punido.
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– Eu recebi um telefonema ainda no domingo com informações extraoficiais. Se for comprovado (o arremesso de objetos no campo), o clube pode ser punido com perda do mando de campo – admitiu o procurador.
O fato de não ter relatado isso na súmula pode também fazer com que o árbitro seja advertido.
– Mas isso é para um segundo momento. Precisamos ver primeiro se aconteceu realmente o arremesso de objetos – afirmou Bogdan.
Ainda no TJD, o lateral Pereira será julgado pela expulsão contra o Joinville, no dia 30 de janeiro. Já o gandula Alex Sandro Marcelino (o mesmo expulso na partida contra a Chapecoense) será julgado por reter a bola, retardando o início de jogo, em situação relatada também no dia 30 de janeiro.