O número de abusos contra crianças em Camboriú subiu de 13 para 15 nesta semana. O índice obrigou as autoridades municipais a buscarem uma solução para o problema, e a partir desta quarta-feira, o Conselho Tutelar inicia uma campanha de conscientização na cidade.
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A iniciativa, que contará com ajuda de psicólogas do Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas), vai começar com uma palestra para alunos de 1ª a 4ª série de uma escola no Bairro Cedro, onde se concentra a maior parte dos casos de abuso.
Posteriormente, o grupo percorrerá todos os bairros da cidade. Além de conversar com as crianças, a intenção é também conscientizar os pais sobre como saber identificar sinais de que a criança sofreu abuso ou está exposta ao risco, como no caso da internet.
Segundo o coordenador do Núcleo de Prevenção às Drogas e à Pedofilia de Camboriú, Manoel Mafra, os números de casos de abuso contra crianças e adolescentes neste ano estão preocupantes. No ano passado, em todo o município foram registradas 28 ocorrências.
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Neste ano, até terça-feira, havia 15 registros, sendo que 11 foram registrados nos dois primeiros meses do ano. Os casos mais recentes foram notificados ao Conselho Tutelar no fim de semana. As vítimas são duas meninas, com média de 5 anos de idade, moradoras do Centro. Em ambos os casos, o suspeito de ter praticado a agressão tem vínculo com as vítimas.
De acordo com Mafra, os abusos ocorreram há quase dois meses, mas só no fim de semana as crianças contaram para as mães. Dos 15 casos notificados ao conselho, 14 tiveram ocorrência registrada na delegacia. Apenas em um deles, em que o suspeito de ter cometido abuso é irmão da vítima, a família não quis registrar.
Em todos os 14 casos registrados as vítimas são meninas. Em 95% do total de registros, conforme Mafra, o abusador tem algum vínculo com a vítima, normalmente parentesco.
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– Na maioria ou é pai, padrasto, tio ou avô – explica.
Assim, que denunciam os casos ao Conselho Tutelar, uma equipe do Creas passa a acompanhar a família, que recebe todo tipo de orientação. Todos os casos também são repassados para a Polícia Civil para instauração de inquérito criminal.
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