Um jogo para definir quem fica pelo caminho e quem vai para a elite do futebol de Santa Catarina. Neste domingo, o futebol de Santa Catarina vai conhecer os dois times que estarão na Séria do Campeonato Catarinense. Marcílio Dias e Metropolitano largaram em vantagem na semana passada, no primeiro jogo das semifinais, mas Camboriú e Fluminense correm atrás para não desperdiçarem a chance de estarem entre os 10 maiores clubes do Estado.

Continua depois da publicidade

Depois da vitória por 3 a 1 sobre o Flu, em Joinville, o Marinheiro entra confortável no duelo das 15h deste domingo, no Doutor Hercílio Luz, em Itajaí. Mesmo se perder por dois gols de diferença, avança por causa do título do returno. Já o Metropolitano pode ser derrotado por apenas um tento no confronto do mesmo dia, mas às 16h no Renato Santos Garcia, em Camboriú. Por ter conquistado o turno, os donos da casa conseguem se beneficiar caso vençam por dois de diferença e igualem o marcador do primeiro jogo, de 2 a 0 para a equipe de Blumenau

Confira mais sobre os quatro times e suas campanhas até aqui

Marcílio Dias

Campanha

Continua depois da publicidade

19 jogos

11 vitórias / 6 empates / 2 derrotas

35 gols marcados e 16 gols sofridos

Técnico: Waguinho Dias

Estádio: Doutor Hercílio Luz, em Itajaí

Resumo da campanha

Foi apenas uma derrota no primeiro turno, mas o time rubro-anil não conseguiu o encaixe na primeira metade da fase classificatória. Terminou em quarto, e a diretoria preferiu trocar o comando técnico. Saiu Renê Marques e entrou Waguinho Dias, livre depois da eliminação do Tubarão na Série D do Campeonato Brasileiro. Foi o ponto de virada do Marinheiro. O time funcionou e arrancou para o título do returno: sete vitórias, um empate e uma derrota nos nove jogos, com apenas três gols sofridos. O embalo foi estendido ao primeiro encontro com o Fluminense valendo a vaga na elite.

Tem história

O Marcílio Dias tenta voltar à Série A do Catarinense — a última que disputou foi em 2015 — para celebrar seu centenário na elite. No Estadual, são dois períodos marcantes do clube. O primeiro foi o título de 1963, com relatos de historiadores de que o time alcançou a façanha com 80% de aproveitamento. Outra boa época, embora sem troféu, foi entre os anos de 1988 e 89, em que quase chegou a ter domínio de Santa Catarina. Com comando de Levir Culpi no primeiro ano e Gelson e Jairo Lenzi como destaques, a equipe foi chamada de Siri Mecânico, um referência à Holanda de 74, conhecida como Laranja Mecânica.

Schwenck

atacante – 39 anos

Experiência de futebol catarinense e conhecimento do futebol. O atacante de 39 anos assumiu a responsabilidade de ser o comandante do Marinheiro dentro de campo. Em uma competição cheia de jovens – com o limite de cinco atletas acima dos 23 anos entre os relacionados por jogo —, Schwenck lidera a equipe até aqui e também é útil no interior das quatro linhas. Ele divide a artilharia do time com Sabiá, com cinco gols cada, e faz tudo o que pode para ter o que comemorar nesta temporada, a que deve ser a última da carreira.

Continua depois da publicidade

Fluminense

Campanha

19 jogos

9 vitórias / 5 empates / 5 derrotas

27 gols marcados e 24 gols sofridos

Técnico: Valmir Israel

Estádio: Arena Joinville, em Joinville

Resumo da campanha

O Fluminense teve uma arrancada espetacular no turno. Foram nove jogos de invencibilidade – cinco vitórias e quatro empates. O Tricolor de Joinville bobeou apenas nas duas últimas rodadas, quando perdeu a liderança e o título ao empatar com Guarani, fora de casa, e Camboriú, em casa. Diante do Cambura, uma simples vitória garantiria a taça, mas o Tricolor, que chegou a estar duas vezes na frente, permitiu a igualdade. A ótima campanha do turno permitiu ao clube praticamente administrar a classificação pela campanha geral. Nesta etapa, foram quatro vitórias (três fora de casa) e cinco derrotas.

Começando a aparecer

O Fluminense é conhecido em Joinville pela tradição no futebol amador. O Tricolor, do bairro Itaum, venceu quatro vezes a Primeira Divisão de Amadores da cidade, conhecida como Primeirona, e está entre os maiores vencedores da competição. São quatro títulos em 1965, 1966, 1967 e 1971, atrás apenas dos tradicionais América (ex-profissional), Tupy e Caxias (ex-profissional). O Flu ingressou no profissional em 2014 e disputou a Série C do Catarinense. Após duas campanhas medianas, foi vice de 2016. Em razão de uma série de desistências, ingressou na Série B de 2017. Após lutar contra o rebaixamento no ano passado, surpreendeu e luta pelo acesso.

Oberdan

meia – 23 anos

O camisa 10 do Flu é o destaque da equipe. O Tricolor costuma funcionar ofensivamente se Oberdan vai bem. Habilidoso, o jogador já anotou quatro gols no Catarinense. Revelado na base do Rio Branco-PR, ele chegou a passar pelo sub-23 do Coritiba. Sem sucesso, rodou no futebol paranaense (Rio Branco e Cascavel). Em 2018, finalmente passou a atuar em outro mercado e tem chamado a atenção na Segunda Divisão do Catarinense.

Continua depois da publicidade

Camboriú

Campanha

19 jogos

10 vitórias / 6 empates / 3 derrotas

30 gols pró e 17 gols sofridos

Técnico: Mauro Ovelha

Estádio: Roberto Santos Garcia, em Camboriú.

Resumo da campanha

O elenco formado por atletas que conquistaram o acesso à elite estadual do ano passado foi escolha certeira para se garantir como postulante ao retorno à Série A do Catarinense. Guiada pelo atual técnico campeão do torneio, Mauro Ovelha, a equipe arrancou e se garantiu na semifinal como campeã do primeiro turno. O título da Série B e o acesso antecipado virou a meta seguinte. No entanto, tropeçou em jogos cruciais, entre eles um empate em casa com o Guarani de Palhoça, que brigou contra a degola. Para a partida decisiva com o Metropolitano em sua casa, precisa vencer por dois gols de diferença.

No sobe e desce

O clube de apenas 15 anos de existência tem apenas três anos na elite do Campeonato Catarinense: 2012, 2013 e 2016. A melhor campanha foi a do primeiro ano, quando garantiu a permanência com boa margem de pontos dos dois rebaixados, entre eles o Marcílio Dias. Desde o primeiro acesso, com o título da Segundona de 2011, sua maior conquista, vive a oscilação entre subidas e rebaixamentos. No ano passado, o retorno à Série A ficou pelo caminho na semifinal, quando foi derrotado pelo Hercílio Luz.

Paulinho

33 anos – Meio-campista

Ainda que Neilson e Flávio dividam a artilharia da competição, com oito gols cada, é o meia Paulinho, rodado no futebol de Santa Catarina, a peça importante da engrenagem laranja. Ele é o homem que faz o time andar e não à toa foi um dos que mais jogou até agora pelo Cambura — ficou de fora apenas em dois dos 19 compromissos da equipe, e por causa da restrição de cinco atletas com mais de 23 anos por partida. Ainda, o meia de 1,65m que esteve no Concórdia no acesso e na Série A deste ano marcou sete gols na campanha até agora.

Continua depois da publicidade

Metropolitano

Campanha

19 jogos

9 vitórias / 5 empates / 5 derrotas

30 gols marcados e 20 gols sofridos

Técnico: Marcelo Mabília

Estádio: Sesi, em Blumenau

Resumo da campanha

O Metropolitano começou o campeonato com o freio de mão puxado. Nos quatro primeiros jogos, o time então favorito ao acesso conquistou apenas dois pontos e colocou uma pulga atrás da orelha do torcedor. Foi só contra o Guarani de Palhoça, na quinta rodada, que a equipe iniciou a campanha que o levaria à semifinal da Série B. Nas mãos de Marcelo Mabília e Isaque Pereira o elenco criou um jogo baseado nas jogadas aéreas e nos contra-ataques conseguiu, e assim teve uma série de apenas uma derrota em 12 partidas. Inclusive foi assim que o Verdão de Blumenau marcou os dois gols na vitória sobre o Camboriú, por 2 a 0, no jogo de ida das semifinais.

Na elite

Só em 2008, na quarta vez em que disputou a competição que conseguiu bater de frente com os grandes. Na ocasião, se classificou para a Série C do Brasileiro (deixando o JEC sem calendário) ao terminar o Catarinense na quarta posição. Em 2009, diante de 8 mil pessoas no Estádio do Sesi, perdeu para o Avaí de Léo Gago na última rodada por 2 a 1 e deixou escapar a chance de conquistar o returno. Já em 2014, o time comandado por Abel Braga venceu o primeiro turno, mas não conseguiu manter a campanha no quadrangular final contra Figueirense, Criciúma e Joinville. Em 2017, quebrado financeiramente, o Metrô foi rebaixado após 13 anos seguidos na elite.

Ari Moura

Meia-atacante – 22 anos

Há quem diga que existem dois Metropolitanos: um com e outro sem Ari Moura. Eficiente nos contra-ataques e apoiador na defesa, é artilheiro da equipe ao lado de William Paulista, com sete gols cada. Embora jovem, o atleta é o centro de gravidade do time e, ao lado de experientes como Douglas Silva (ex-Brusque e Vasco), Elton (que está há oito temporadas no clube) e William Paulista (ex-JEC), comanda o Verdão de Blumenau em busca do acesso à Série A.

Continua depois da publicidade

Leia mais notícias sobre o futebol catarinense