Um crustáceo da família dos camarões – só que bem menor, com apenas três centímetros -, chamou a atenção esta semana de moradores das praias de Canasvieiras, Jurerê, Sambaqui e Armação, em Florianópolis, e também de Meia Praia, em Itapema.
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Milhares deles foram parar na faixa de areia. Segundo especialistas, por enquanto não há com o que se preocupar. A mortalidade seria um fenômeno natural e foi causada por correntes marítimas.
No início desta semana, técnicos da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) colheram amostras dos crustáceos e da água onde foram vistos. O material foi encaminhado para pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que identificaram a espécie e a causa provável da morte.
De acordo com a professora de Ecologia e Zoologia, Andrea Freire, que analisou o material, os animais tinham aparência normal, sem alterações morfológicas, o que indica um encalhe natural devido ao vento forte que veio do Norte, confirmado pela central de meteorologia Epagri/Ciram.
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A hipótese de contaminação da água ou ainda um arrastão foi descartada pelo técnico da Fatma Haroldo Tavares por causa da presença de apenas uma espécie morta.
– Se fosse poluição, por exemplo, teríamos a presença de outras espécies na areia e não apenas uma – informou.
A ocorrência, segundo o pesquisador e professor do Centro de Estudos Pesqueiros da Univali, Paulo Ricardo Shwingel, tem sido frequente desde 2011.
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As manchas destes crustáceos em faixas de areia podem aparecer desde Laguna até o Rio de Janeiro e ainda não indicam qualquer dano ambiental.
– Há dois anos, por causa de um aquecimento das águas, esta espécie está aumentando e, de acordo com nossos monitoramentos, eles vieram junto às redes de pesca e acabaram morrendo por asfixia – explica.
De acordo com o especialista, somente em uma coleta de cinco minutos foram recolhidos mais de 60 mil deles. Apesar da abundância vista em faixa de areia, não deve faltar Peisos petrunkevitchi para o meio ambiente.
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– Mesmo com a mortalidade, há uma infinidade deles no mar.
Este tipo de camarão não évoltado para o consumo humano em razão do tamanho, mas serve de alimento para muitos peixes.