Com o objetivo de resgatar a sofisticação e a liberdade ao volante da década de 60 – quando surgiram os primeiros carros conversíveis – a Chevrolet lança sua versão para o Camaro SS no Brasil custando R$ 239,9 mil.
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Com preço 10% acima do valor sugerido para a versão Coupé – do qual traz o mesmo motor Small Block V8 6.2L de 406 cavalos e 56,7 kgfm de torque, além dos itens de série – o Camaro conversível teve a carroceria reforçada da zona frontal à traseira para oferecer alto desempenho e equilíbrio dinâmico em todos os trajetos. Com as mudanças o carro, fabricado no Canadá, ficou 125 quilos mais pesado.
Outra alteração sofrida pelo veículo visando mais segurança aos passageiros, foi a ampliação do airbag lateral com proteção para a cabeça e o tórax dos passageiros, substituindo o de cortina. A capota Twillfast é revestida em espuma acústica e possui vidro traseiro térmico, que promete redução de ruídos externos. O porta-malas desta versão oferece 290 litros, 30 a menos do que o coupé.
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“Quem compra um Camaro dificilmente se desfaz dele, numa revenda por exemplo. É um ícone para colecionadores“, vibra Marco Pacheco, diretor de marketing da marca. A Chevrolet está preparada para entregar até 100 unidades ao ano.
Apenas vinte segundos para abrir ou fechar o teto
De acordo com a GM, a capota retrátil em lona do veículo é a mesma que equipa o Corvette. Utilizar o acessório é prático, necessitando de apenas três passos: giro da alça giratória manual e botões de abre e fecha. Porém, o primeiro passo exige uma atenção minuciosa pois, caso não seja feito de forma correta, pode impedir que as etapas seguintes ocorram. O sistema do veículo precisa de 20 segundos para estender ou retrair o teto. A função só pode ser executada com o veículo parado.
A experiência em um conversível tão potente
Dirigir o Camaro conversível pelo Guarujá, região litorânea de São Paulo, é uma experiência extasiante, especialmente quando o tempo colabora. Infelizmente, durante o evento de lançamento do esportivo, foi preciso manter a capota fechada na maior parte do tempo devido à chuva, rodando cerca de 100 quilômetros entre Guarujá e Congonhas/SP.
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Desse modo, foi possível perceber que o carro apresenta nível de ruído maior do que o coupé. Mesmo assim não chega a decepcionar quem deseja investir no diferencial. O conforto oferecido pelo habitáculo, com bancos esportivos em couro aquecidos e volante preciso é diferenciado e casa bem com a atuação agressiva na pista.
Apesar do contraste existente entre potência elevada e configuração de carro para passeios tranquilos, a sensação de segurança e estabilidade oferecida é a mesma do coupé, até nas curvas mais sinuosas.
No zero a 100 km/h, o tempo médio registrado foi de 5,0 segundos com o carro fechado. Sem o teto, o tempo pode ultrapassar os 6,0 segundos, dependendo da força do vento. Estacionar o esportivo é fácil com a câmera de ré automática a partir do engate da marcha.
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A motorização e a transmissão com tecnologia Power train oferece comando de válvula variável e o sistema de desligamento de cilindros (Active Fuel Management)m, que prometem a economia de combustível em velocidades de cruzeiro, uma vez que alguns cilindros são desligados automaticamente.
O câmbio disponível é automático/sequencial de seis velocidades e oferece a opção de trocas manuais no volante, com a função Paddle Shift. O belo Camaro pode ser encontrado nas cores: Amarelo Lemon Peel, Preto Global, Branco Summit e Cinza Ashen.
Despertando o instinto competitivo
Rodar com um Camaro – ainda mais na versão conversível – pelas ruas de São Paulo não é tarefa fácil. Jamais pela falta de algum recurso ou potência, mas sim, pelo impacto que o muscle car causa ao redor, tamanha a simbologia que carrega.
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Alguns motoristas vizinhos esquecem de dirigir, para ficar admirando as belas linhas do esportivo; outros por sua vez, demonstram desconforto a ponto de sugerirem “rachas”, para ver quem ganha em termos de velocidade; Alguns condutores de hatches também chegam a acelerar ao máximo, fazendo ultrapassagens desnecessárias na tentativa de despertar reações no condutor.
O aprendizado que fica é: antes de tudo, o sujeito que pilota o muscle car deve dispor de boas doses de equilíbrio e confiança, não aceitando as clássicas provocações no trânsito.
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