Os deputados discutiram, nesta quarta-feira (7), oito destaques ao texto-base da reforma da Previdência que foi aprovado, em segundo turno, por 370 votos a favor e 124 contra, durante a madrugada.

Continua depois da publicidade

No segundo turno, só podem ser votados destaques e emendas supressivas, que retiram pontos do texto. Propostas que alteram ou acrescentam pontos não podem mais ser apresentadas.

Concluída esta etapa, a proposta de emenda à Constituição (PEC) será encaminhada ao Senado, onde precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário — com votação em primeiro e segundo turno.

Acompanhe a votação:

Confira os destaques votados:

– Destaque do PT para manter o cálculo atual das aposentadorias pela média dos 80% maiores salários de contribuição, em vez da proposta, que determina a média de todos os salários de contribuição: foi rejeitado por 364 votos a 130.

– Destaque do PC do B pretendia excluir dispositivo que permite o pagamento de pensão por morte de valor inferior a um salário mínimo se o beneficiário receber outra renda formal: rejeitado por 339 votos a 153.

Continua depois da publicidade

– Destaque do PT quer excluir da PEC regra que restringe o recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) a pessoa idosa ou com deficiência de família com renda mensal per capita inferior a um quarto do salário mínimo: rejeitado por 346 votos a 146.

– Destaque do PSol quer manter a regra atual de pagamento do abono do PIS/Pasep para quem recebe até dois salários mínimos. A PEC propõe pagar esse abono a quem recebe até um salário: rejeitado por 345 votos a 139.

– Destaque do Novo quer excluir a transição para servidores públicos e segurados do INSS na qual se exige "pedágio" de 100% do tempo de contribuição que faltar para cumprir esse requisito: rejeitado por 394 votos a 9 votos.

– Destaque do PDT pretende excluir a exigência desse "pedágio", mantendo apenas os requisitos de idade e tempo de contribuição: rejeitado por 352 votos a 132.

Continua depois da publicidade

– Destaque do PSB propõe excluir o aumento de pontos exigidos do trabalhador sujeito a agentes nocivos (químicos, biológicos e físicos) na regra de transição. Esses pontos são a soma de idade e tempo de contribuição: rejeitado por 347 votos a 137.

– Destaque do PT permite contar o mês de contribuição mesmo que o recolhimento feito pelo segurado seja sobre valor inferior ao salário mínimo: rejeitado por 352 votos a 135.

Com todos os destaques votados, a proposta de reforma da Previdência segue agora para o Senado.

Votação em segundo turno

A sessão para votar a reforma da Previdência em segundo turno começou às 19h15min de terça-feira (6), depois de Rodrigo Maia passar o dia esperando a formação de quórum no plenário da Casa. Por volta das 19h50min, os deputados rejeitaram um requerimento do PSOL para retirar a proposta de pauta, por 306 votos a 18.

Por volta das 20h55min, os parlamentares votaram um requerimento dos líderes para encerrar as discussões depois de dois deputados terem falado contra e dois a favor. Aprovado com 350 votos favoráveis e 18 contrários, o requerimento ajudou a acelerar a sessão.

Continua depois da publicidade

No início da noite, os parlamentares aprovaram, em votação simbólica, a quebra do prazo de cinco sessões entre as votações em primeiro turno e em segundo turno para que a PEC pudesse ser votada ainda na madrugada. Nas últimas horas, o plenário aprovou requerimentos para acelerar a sessão, como o que rejeitou em bloco todos os destaques individuais e o que impediu o fatiamento da votação do texto principal.

O primeiro turno da proposta havia sido concluído no dia 13 de julho — na ocasião, o texto principal foi aprovado por 379 votos a 131. Concluída a tramitação na Câmara, a matéria segue para análise do Senado.

Tramitação reforma da previdência
(Foto: GaúchaZH)

Leia as últimas notícias do NSC Total