Numa demonstração de apoio à reforma da Previdência, o plenário da Câmara rejeitou, por 331 a 117, um pedido para adiar a votação do tema. O placar da noite desta terça-feira (9) é um termômetro para o processo de análise da reestruturação do sistema de aposentadorias. O requerimento para atrapalhar o andamento do texto foi apresentado pela oposição. O recurso de oposicionistas, no entanto, foi derrotado por ampla maioria da Câmara.

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Para ser aprovada na Casa, a reforma da Previdência precisa do apoio de 308 dos 513 deputados – 60% do total. O resultado desta terça (331 a 117) é uma indicação dos votos favoráveis ao projeto de restruturação do sistema de aposentadorias e pensões. Apesar de não haver garantia de que esse será o placar na hora decisiva para a reforma, essa prévia demonstra um cenário pró-reforma na Câmara.

A votação do texto-base está prevista para esta quarta-feira (10). Ainda na terça, líderes de partidos governistas e independentes ao presidente Jair Bolsonaro recomendaram que suas bancadas rejeitassem a retirada de pauta da proposta de reforma da Previdência.

Nesse grupo estão PSL, partido de Bolsonaro, além de PP, PL, DEM, PRB, PSDB, MDB, PSD, entre outras siglas.

Essas legendas apoiam a reforma da Previdência e estão alinhadas ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assumiu o protagonismo na articulação em favor da proposta.

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Já PT, PCdoB, PDT, PSB e PSOL recomendaram aos deputados a apoiarem a retirada de pauta do texto, o que adiaria a discussão do tema.

A sessão para discutir o projeto de reestruturação do sistema previdenciário foi iniciada pouco antes das 21h, mas Maia indicou que a votação principal do texto deve ficar para quarta (10).

Antes de o texto-base da proposta ser votado, é necessário que enfrentar todo o kit de requerimentos da oposição para atrapalhar a análise da reforma, além de permitir que deputados discursem contra e a favor da mudança nas regras de aposentadorias.

Interlocutores do presidente Jair Bolsonaro estimam que mais de 330 deputados pretendem votar pela aprovação da reforma da Previdência.

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Na votação contra o requerimento de oposicionistas, 448 deputados se posicionaram.

Maia pretende encerrar a votação do texto-base apenas quando 490 deputados votarem – o que é apontado como uma margem de segurança.

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