Cidadãos nascidos ou criados em Florianópolis foram homenageados na noite desta segunda-feira com a medalha Manezinho da Ilha Aldírio Simões. A honraria é entregue pela Câmara de Vereadores a pessoas de destaque na comunidade. Este ano, são 18 homenageados.
Continua depois da publicidade
A cerimônia é realizada na semana em que é comemorado o Dia do Manezinho da Ilha, no primeiro sábado de junho. A figura do Manezinho da Ilha é patrimônio cultural de Florianópolis. A lei número 8763 foi sancionada em 12 de dezembro de 2011. De acordo com o documento, pessoas nascidas na Capital podem ser denominadas como manezinhas.
Com a legislação, o poder público fica obrigado a reservar, valorizar e divulgar o termo Manezinho da Ilha “em todas as suas ações que corresponderem as peculiaridades de quem é oriundo do município de Florianópolis”.
Veja o perfil dos homenageados:
Continua depois da publicidade
Paulo Roberto Cunha da Silva, o Paulinho, mora há 30 anos no Campeche. Como presidente da Associação Ambiental Costa Leste comandou projetos como: o Projeto Salva-Vidas Voluntários, em 2001 em parceria com a Eletrosul e o Corpo de Bombeiros na Praia Mole, o Projeto de Recuperação da Vegetação da Praia Mole com a participação de três escolas municipais. Foi diretor do Centro Comunitário do Morro das Pedras e atualmente faz parte da Associação do Futevôlei do Campeche.
Francisco Pinheiro nasceu em 1919 na Rua Monsenhor Topp, Centro de Florianópolis, onde havia uma fábrica de móveis na qual seu pai trabalhava. Para ajudar a família, “Seu” Francisco puxou carreta no Mercado Público, foi jornaleiro, policial, percussionista da Orquestra do Clube 12 de Agosto, marinheiro, funcionário público, comerciante e até jogador de futebol. Como policial chegou a atuar como “ordenança” do Governador Nereu Ramos.
Miguel Aroldo Livramento, nasceu em Biguaçu, mas mora no loteamento Parque São José, em Florianópolis. Há mais de quatro décadas é comentarista em veículos de comunicação de Santa Catarina. Atualmente é comentarista do Grupo RBS em Florianópolis. Na Rádio CBN participa do Debate Diário e das Jornadas Esportivas, na RBS TV é comentarista do Jornal do Almoço e apresenta na TVCom o programa Show de bola.
Continua depois da publicidade
Ari Batista de Lira passou a infância no Bairro Trindade. “Seu” Lira é reconhecido pela popularidade como motorista de ônibus. Pela simpatia, recebeu prêmios como Motorista Padrão de Florianópolis, em 1976, e o Troféu Prêmio Profissional da Capital, em 1998, em homenagem aos serviços prestados à comunidade. A carreira de motorista começou na Base Aérea de Florianópolis, quando tinha 19 anos. Depois de quatro anos, trabalhou como caminhoneiro. Aposentou-se em 78 depois de 30 anos na profissão.
Alcione Manoel da Silva é manezinho da Ilha, morador desde que nasceu do Bairro Ingleses. Estudou na Escola Básica Gentil Mathias, no Norte da Ilha. Há 28 anos trabalha na prefeitura de Florianópolis, onde é conhecido e querido por todos.
José Carlos Ferreira Rauen é formado em Engenharia Civil, pela UFSC. Natural de Curitiba, é filho de Otávio Celso Rauen e Irene Ferreira Rauen. Na Casan, atuou em diversos cargos. Na prefeitura de Florianópolis, ocupou o cargo de superintendente da Floram. Atualmente é Secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e presidente do Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina.
Continua depois da publicidade
Paulo Brito nasceu em Florianópolis, mas mudou-se para o Rio Grande do Sul, estudar Jornalismo. Exerceu a profissão em jornais e emissoras de rádios e TVs em Porto Alegre, São Paulo e Florianópolis. Foi pioneiro na divulgação de notícias sobre os clubes de futebol de Florianópolis. Foi professor, coordenador e chefe de Departamento do Curso de Jornalismo da UFSC. Durante 14 anos, participou do Programa Debate Diário da Rádio CBN Diário. Lançou dois livros recentemente: um sobre o comentarista Roberto Alves e outro sobre o ex-treinador e comentarista Lauro Búrigo.
Aldo Leopoldino Pinheiro nasceu em 1927 no Distrito de Ratones, onde vive até hoje. Há décadas, mantém um armazém de secos e molhados na Estrada João Januário da Silva, local onde os manezinhos autênticos da ilha se encontravam para um bom papo, ouvir as histórias e trocar ideias. Aposentou-se como agente agropecuário na Secretaria da Agricultura. Nesta lida de vacinar gado percorreu a ilha inteira, entrando em contato com os criadores de gado.
Alberto Orlando Fermiano nasceu no Distrito do Ribeirão da Ilha e ingressou na Fundação Catarinense de Cultura em 1984. Sempre na área cinematográfica da Fundação tornou-se responsável pela divulgação e proliferação do acervo. Ligado à área cinema, trabalhou na Fundação Franklin Cascaes e foi sócio proprietário do Art 7 Cine Clube. Além das artes, Alberto é um dos pioneiros na maricultura.
Continua depois da publicidade
Cláudio Agenor de Andrade nasceu na Praia Comprida/Rua Caminho dos Açores, Distrito de Santo Antônio de Lisboa. É artista plástico, dedicado há mais de 20 anos à criação de santos de cerâmica. Cláudio gerencia as atividades do Casarão e Engenho dos Andrade, onde elabora suas obras. Está no segundo mandato da Associação dos Moradores de Santo Antônio de Lisboa. É membro do Conselho Municipal de Políticas culturais de Florianópolis. É coordenador da comunidade de produtores de farinha de mandioca do movimento internacional Slow Food.
Carlos Alberto Ferreira mora desde criança no Bairro João Paulo. Começou no jornalismo em 1977 nos Diários Associados como repórter, atuou por dois anos no Jornal de Santa Catarina em 1978 e 1979, no Jornal A Notícia de 1980 a 1992, onde foi repórter e chefe de redação. Assumiu o cargo de editor executivo d’O Estado. Também foi assessor de imprensa. Em 1995, assumiu como chefe de reportagem da RBS TV e, desde 1997, é coordenador de jornalismo e esporte da Rádio CBN Diário.
Roberto Alves é colunista esportivo do Diário Catarinense e comentarista da rádio CBN Diário. Começou como operador de som, mas, um dia, substituiu um repórter que ficou doente. Trabalhou na antiga emissora RCE TV, onde apresentou por muitos anos o programa Bola em Jogo. Depois, atuou na RBS TV, Diário Catarinense e CBN Diário.
Continua depois da publicidade
Manoel de Paula Machado é reconhecido na comunidade do Saco dos Limões pelo envolvimento nas atividades comunitárias, principalmente na área esportiva. Foi diretor do Clube Cultural Recreativo Limoense entre 1978 e 1998. Também foi presidente do Esporte Clube Fernando Raulino. Atualmente, é diretor do Conselho Comunitário do Saco dos Limões e presidente da Liga Florianopolitana.
Edson Luiz da Silva é natural de Porto Belo, mas é conhecido em Florianópolis como o velho bruxo e manezinho da Ilha por ser amante da cultura açoriana e estudioso do folclore. É bacharel em ciências da computação pela UFSC e também dedica seu tempo a colher entrevistas com personalidades da Ilha, além de guardar documentação e acervo fotográfico da cidade.
Zenildo Tito de Oliveira, o pescador da Armação do Pântano do Sul, é servidor público municipal que desenvolve um trabalho comunitário de integração com jovens. Ele fundou a Associação Recreativa Esportiva Ressaca da Praia da Armação. É intendente da Armação do Pântano do Sul.
Continua depois da publicidade
João José Teixeira Filho é maricultor e por seus conhecimentos sobre o mar foi convidado pela UFSC para trabalhar no laboratório de moluscos marinhos. Foi neste trabalho que passou a ser chamado pelos estudantes e servidores pelo apelido de Zero. Na Epagri, trabalha no Centro de Desenvolvimento de Aquicultura e Pesca.
Adecio Romalino da Cunha é presidente da Associação de Maricultores do Sul da Ilha e atua defendendo os interesses da atividade na região, responsável por 58% da produção estadual de ostras. O desempenho de toda a família na maricultura, além da busca de conhecimento na área através de participação de seminários e viagem técnica ao Chile também foram determinantes no reconhecimento nacional da qualidade da ostra de Santa Catarina.
Adriano Maximiniano seguiu os passos dos pais no trabalho comunitário realizado na Costeira do Pirajubaé. Ajudou a fundar a associação de bairro, além da construção da Capela São José, onde junto com a mãe desenvolveu o natal das crianças, uma festa na qual mais de 150 voluntários ajudavam na arrecadação de donativos.
Continua depois da publicidade