A comissão especial que apura a queda da calçada na abertura do Natal de Joinville entrega o relatório final nesta terça-feira (19), às 14h30, na Câmara de Vereadores. Com isso, chega ao fim mais um capítulo sobre o acidente registrado em novembro do ano passado no Centro da cidade.
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O trabalho realizado pelos vereadores começou em novembro, logo após a queda da calçada, e encerra com a entrega do relatório final. Durante os cinco meses, os parlamentares buscaram examinar irregularidades e responsabilidades do acidente.
– O desabamento da calçada sensibilizou muito a população de Joinville, tanto que a Câmara entendeu por bem que acompanhássemos não só o que estava sendo apurado da queda da calça, como também os desdobramentos – explica o presidente da comissão, Wilian Tonezi (Patriota).
Foram realizadas algumas reuniões presenciais e uma vistoria no local do acidente, próximo da prefeitura. Além disso, os vereadores tiveram acesso aos laudos da Polícia Científica, da Águas de Joinville e da Secretaria de Infraestrutura de Joinville.
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– Nós fizemos a avaliação dentro dessas questões que nos enviaram. Nossa preocupação principal agora é que o local seja liberado o quanto antes para que sejam trocadas as galerias, como foi apontado pela secretaria de infraestrutura, e liberada a avenida – aponta Tonezi.
O relatório final será apresentado pelo relator, vereador Alisson Julio (Novo). Ainda compõem a comissão o secretário Kiko do Restaurante (PSD), além de Lucas Souza (PDT) e Claudio Aragão (MDB).
Inquérito apontou que não houve crime
O inquérito finalizado pela Polícia Civil em fevereiro deste ano terminou sem apontar culpados. A investigação foi concluída sem indiciamento de nenhuma pessoa ou órgão, já que a polícia entendeu que se tratou de um acidente e não houve crime.
Segundo delegado Fábio Baja, as informações do laudo e do Instituto Geral de Perícias (IGP) foram cruzadas com as prestadas pelo consórcio das obras do Rio Mathias e pela prefeitura de Joinville, assim como as vítimas. A conclusão foi de que uma viga de concreto, que fica entre a calçada nova e a galeria, rotacionou e cedeu, o que fez a nova calçada também desabar. A viga antiga foi construída em 1971.
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O delegado explicou que a calçada nova foi feita pela atual gestão municipal em cima do leito do rio para tampar um buraco após o fim do contrato com o consórcio. A Polícia Civil afirma que a prefeitura informou que essa nova estrutura foi construída dentro da margem técnica de segurança.
O inquérito foi entregue ao Ministério Público, que analisa os fatos apurados para decidir se entra com ação, se volta o inquérito para mais investigações ou se arquiva o caso.
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