Democratas e republicanos não chegaram a um acordo na Câmara para evitar os efeito do “abismo fiscal”. Os parlamentares republicanos estavam reunidos desde o meio-dia local (15 horas de Brasília) para discutir a proposta aprovada no Senado na manhã desta terça-feira.
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O Senado aprovou medidas legislativas por 89 votos a 8, que incluía cortes de impostos para os americanos que ganham menos de US$ 400.000 por ano. Para os mais ricos, porém, a taxa passava de 35% para 39,5% sobre os rendimentos.
O pacote aprovado no Senado ainda incluía: aumentos dos impostos de herança de 35% para 40% para ganhos acima de US$ 5 milhões para um indivíduo e US$ 10 milhões para um casal; aumento de impostos sobre o capital – afetando alguns rendimentos de investimento; extensão de um ano para o seguro-desemprego, que afeta dois milhões de pessoas e prorrogação de cinco anos para os créditos fiscais que ajudam as famílias mais pobres e da classe média. O acordo foi costurado pelo vice-presidente Biden e o líder republicano no Senado, Mitch McConnell.
Depois de duas horas reunidos com seus colegas, Eric Cantor, o influente líder dos republicanos na Câmara, disse que se opõe ao projeto aprovado, pois permite o crescimento acentuado do imposto de renda para os ricos.
A oposição de Cantor praticamente enterra as chances de uma aprovação do projeto sem alterações, o que pode prolongar esforços para evitar os aumentos de impostos e cortes de gastos automáticos que, tecnicamente, entrou em vigor nesta terça-feira.
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Se não houver acordo do atual Congresso até o meio-dia da próxima quinta-feira, as negociações começarão novamente somente após a posse da nova legislatura. Muitos economistas acreditam que o efeito completo do abismo fiscal iria levar a economia de volta à recessão.