A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou na noite desta quarta-feira o plano de estímulo econômico de US$ 819 bilhões proposto pelo governo do presidente Barack Obama. O placar da votação foi de 244 votos favoráveis ao pacote e 188 contra. Para ser aprovado, o plano precisava da aprovação de pelo menos 218 votos. Agora o projeto vai ao Senado, que deve propor suas próprias emendas para que o Congresso discuta, em seguida, o texto final. A expectativa é que o pacote começe a ser analisado pelo Senado americano na próxima semana. As informações são do site G1.

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O plano lançado pelo presidente Barack Obama é o maior projeto de investimentos que já circulou pelo Congresso dos EUA. Deverá movimentar US$ 819 bilhões, dos quais dois terços serão dedicados a investimentos e reduções de impostos. A proposta é que o pacote seja dividido em cerca de US$ 275 bilhões relativos a reduções de impostos – com destaque em um corte de US$ 500 para cada trabalhador americano – e em US$ 544 bilhões em investimentos, segundo a Câmara.

A previsão inicial era que o valor do pacote chegasse a US$ 825 bilhões, mas o total foi corrigido para US$ 816 bilhões pelo Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, sigla em inglês). Uma última emenda democrata de US$ 3 bilhões estabeleceu o valor total do plano. “O plano representa um primeiro passo, considerado essencial, de ação coordenada para criar e salvar entre 3 milhões e 4 milhões de empregos e estimular a economia”, segundo o projeto do governo.

O projeto de lei pinta um quadro dramático da situação econômica americana:

“A crise em que estamos mergulhados é inédita desde a Grande Depressão dos anos 1930. Nossa tarefa em curto prazo será tentar impedir a perda de milhões de empregos e de recolocar a economia em movimento. O crédito está congelado, o poder de compra, em baixa, o país perdeu nos últimos quatro meses 2 milhões de empregos e, segundo as previsões, deveremos perder ainda 3 a 5 milhões durante o ano”, acrescenta o texto.

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Nesta tarde, após um encontro com os diretores de grandes companhias dos EUA, Obama havia dito que estava confiante na capacidade da economia do país se revigorar com o pacote de estímulo.

Em entrevista coletiva, os principais líderes republicanos da Câmara Baixa criticaram o projeto de lei de US$ 825 bilhões e insistiram em que a versão com a qual trabalham custará menos e será mais eficaz para revitalizar a economia. Em sua opinião, o plano perante o plenário da Câmara representa um esbanjamento de gastos fiscais e não ajudará em nada a criar ou preservar os milhões de empregos prometidos por Obama.

– O alívio tributário de ação rápida que apresentaremos em breve reduzirá de verdade os impostos ao povo americano e à pequena empresa, estimulará nossa economia e criará e preservará empregos nos EUA – afirmou o líder da minoria republicana, John Boehner.